Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Cerca de 5.000 pessoas se manifestaram, ontem, em frente ao Parlamento de Lisboa para pedir uma mudança de governo e o fim das políticas de austeridade a dois meses das eleições legislativas.
Nos cartazes, podiam ser lidas mensagens de “Fora governo!”, “Não à política de direita!”, “Contra a precariedade e pela defesa dos salários”. Os manifestantes foram convocados pelo CGTP, o principal sindicato de Portugal.
“É hora de dizer basta a esse governo. É preciso mudar de caminho e renegociar a dívida para conseguir recursos para o desenvolvimento do país”, reclamou Armenio Carlos, secretário-geral deste sindicato próximo ao partido comunista.
Em abril de 2011, Portugal estava à beira da quebra e teve que pedir um resgate internacional de 78 bilhões de euros. Na ocasião, o governo de centro-direita implementou um duro pacote de cortes de gastos e medidas de ajuste.
“Já estamos cansados desta política. Vivemos o que a Grécia está vivendo hoje. O salários são muito baixos e os portugueses estão cada vez mais pobres”, lamentou Nuno Costa, 49 anos, manifestante que foi de Viseu a Lisboa.
“Já basta. Tenho 36 anos, tenho trabalho aqui, mas grande parte da minha geração teve que emigrar para França, Suíça, Alemanha e Inglaterra”, desabafou Carlos Silva, diretor de uma empresa de transporte de dinheiro.
Os manifestantes também denunciaram a “privatização” dos serviços públicos e pediram o retorno das 35 horas semanais de trabalho na função pública, em relação às 40 atuais.
O primeiro-ministro de centro-direita Pedro Passos Coelho, eleito em 2011, quer um segundo mandato nas legislativas previstas para o final do ano, quando deve enfrentar o candidato socialista Antonio Costa.