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O uso dos aplicativos de relacionamento, que se tornou um recurso comum durante a pandemia, parece estar perdendo forças. Uma pesquisa do portal Axios e do Generation Lab, mostrou que estudantes norte-americanos preferem conhecer pessoas em ambientes mais comuns, como a faculdade, do que usar os aplicativos (apps).
Os dados da pesquisa mostram que 79% dos universitários e estudantes de pós-graduação dos Estados Unidos não usam apps de relacionamento e estão preferindo conhecer as pessoas pessoalmente ao invés de usarem os tais aplicativos.
O uso dos aplicativos se disseminou durante a pandemia, com a impossibilidade de encontros presenciais devido ao alto risco de contágio do COVID.
Se por um lado foi possível conhecer pessoas que estavam bem longe, por outro, o uso de apps trouxe dificuldade e a insegurança para muitas pessoas voltarem a se relacionarem pessoalmente.
Dos 978 entrevistados, quase metade, ou seja, 45% deles não estão em um relacionamento. E mais da metade daqueles que estão em um relacionamento afirmam ter conhecido o atual parceiro ou anterior por meio de conexões pessoais e não através do aplicativo.
Um número bom dos entrevistados pontuam ainda que preferem começar um relacionamento a partir de uma amizade e não diretamente num encontro, como acontece nos apps de relacionamento.
Para 37% dos estudantes o senso de humor e as opiniões são pontos mais importantes a serem considerados do que aparência física ou objetivos profissionais, ao se considerar potenciais interesses amorosos.
O Tinder é o aplicativo mais popular entre os universitários americanos, sendo usado por 12% deles, seguido por Bubble e o Hinge com 8%, Grindr 2% e a rede social Coffee Meets Bagel com 1%.
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Apesar de todas as mudanças comportamentais trazidas pelos aplicativos, os estudos ainda são escassos e necessários para compreendermos melhor os impactos dessas mudanças nos relacionamentos amorosos.
Um estudo realizado por Donnamaria e Terzis em 2009, afirma que as relações amorosas virtuais foram consideradas frustradas por seus participantes devido à divergência de intenções. Enquanto as mulheres estavam em busca de um namoro, os homens queriam apenas sexo casual. Esse dado também foi verificado no estudo de Blackhart, Fitzpatrick e Williamson, em 2014.
Um outro estudo realizado por Harknett e Cranney em 2017, mostrou que o maior número de mulheres disponíveis e o maior acesso sexual a elas se correlaciona com o comportamento masculino voltado a evitação de relacionamentos sérios e propensão ao sexo casual.
As mulheres ainda têm maior dificuldade para se envolverem em sexo causal e se sentirem satisfeitas com esse comportamento. Elas ainda prezam pelo envolvimento emocional antes do sexual e com isso acabam se envolvendo menos em situações de risco para ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis ).
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Um outro estudo interessante, realizado por Ramirez e colaboradores, em 2014 observou que os relacionamentos virtuais que tiveram mais sucesso foram aqueles com curta interação virtual e um encontro presencial mais rápido, diminuindo a chance de expectativas irreais.
Uma outra preocupação com o uso dos aplicativos é a segurança. No filme O Golpista do Tinder, uma história real foi reproduzida e trouxe à tona como golpes em série podem ser aplicados usando esse tipo de tecnologia.
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O envio de nudes é outra questão importantíssima. Tem sido comum o que chamamos de “Pornografia de vingança”, ou seja, a pessoa com quem você está se relacionando virtualmente, se utiliza das suas fotos para fazer chantagem e obter alguma vantagem financeira ou não. Por isso, é preciso ter o cuidado de enviar fotos com visualização única e que não te identifiquem. Evitar nudes mostrando a face ou tatuagens. A exposição inadequada de algumas pessoas por aí já foi motivo de adoecimento mental e até morte.
@drajoicelima