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Igrejas são multadas por distribuir lucro entre pastores

Após uma fiscalização da Receita Federal em igrejas, acabou com as denominações religiosas multadas, pois devido a serem isentas de pagarem os impostos, as igrejas estavam distribuindo participação nos lucros ou pagando uma remuneração aos pastores conf

Após uma fiscalização da Receita Federal em igrejas, acabou com as denominações religiosas multadas, pois devido a serem isentas de pagarem os impostos, as igrejas estavam distribuindo participação nos lucros ou pagando uma remuneração aos pastores conforme a quantidade de fiéis que estes tinham em suas igrejas.

Em 2015 houve uma mudança na lei para tentar impedir a fiscalização das igrejas, mas as autuações não pararam na Receita. Devido a multa milionária, várias denominações estão pressionando a presidência para aliviar as regras e evitar as cobranças.

Conforme a reportagem publicada pelo portal Terra, o presidente Jair Bolsonaro é pressionado pelas igrejas em um momento que tenta abrir um diálogo com Centrão e que contém a maioria dos parlamentares ligados à bancada evangélica.

Além da pressão em cima do presidente, as igrejas buscam encontrar uma solução do ministro da Economia, Paulo Guedes sobre o assunto.

Segundo a matéria veiculada, há dentro da pasta que atribua o impasse a uma reportagem exibida pela TV Record, da qual o Bispo Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus, é dono. Em nota a Universal afirmou que o tema tem que ser tratado diretamente com a emissora, que até o momento não se manifestou sobre o caso.

A Universal tem seis processos contra ela em andamento no Carf, que é a última instância para recorrer das autuações do Fisco da Receita Federal. Conforme a publicação, há 12 processos no âmbito administrativo que envolvem igrejas.

Em resposta a matéria publicada, a Universal afirmou que paga todos os tributos devidos e que não deve qualquer valor à Receita Federal.

Igreja do bispo Edir Macedo, à direita, tem seis processos em andamento no Carf. Foto: Alan Santos/Presidência da República / Estadão Conteúdo

Distribuição de lucros entre pastores de igrejas não é permitida por lei

Por tentarem burlar a legislação e distribuírem os lucros e outras remunerações aos principais dirigentes, lideranças sem o devido recolhimento dos tributos, as igrejas são alvos de ações milionárias. Mesmo sendo isentas do pagamento de impostos, o benefício não elimina a cobrança de contribuições.

Além de não repassar as contribuições devidas, as igrejas ainda ferem a lei ao distribuir parte dos lucros, mesmo de forma disfarçada por contratos de prestação de serviços. Isso devido ao Código Tributário Nacional (CTN) afirmar que a imunidade das igrejas é apenas tributária e não distribuição de qualquer valor do patrimônio ou rendas.

Entretanto a Receita durante a fiscalização encontrou diversos mecanismos para passar pelo sistema, e assim remunerar os dirigentes, com pagamentos a empresas e escritórios de advocacia, que terminou com outras autuações.