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Pesquisa revela que 85% dos estudantes aprendem menos na pandemia

De acordo como Instituto de Estudos Avançados da USP revelou que 85% dos educadores do estado de São Paulo acreditam que os alunos estão aprendendo menos ou muito menos do que aprendiam antes da pandemia. A pesquisa foi realizada pelo programa USP Cida

De acordo como Instituto de Estudos Avançados da USP revelou que 85% dos educadores do estado de São Paulo acreditam que os alunos estão aprendendo menos ou muito menos do que aprendiam antes da pandemia. A pesquisa foi realizada pelo programa USP Cidades Globais e contou com a participação de cerca de 19 mil professores da rede estadual. A avaliação compara o atual formato de aulas mediado pela tecnologia com o modelo regular.

Para 30% as palavras desafio, aprendizado e inovação são as principais vantagens da nova metodologia de aulas. Apesar da percepção de baixo aprendizado, 62% dos entrevistados citaram sentimentos classificados como positivos. Cerca de 80% e 68% afirmam, respectivamente, que a atuação como docente e a Educação em sentido mais amplo vão mudar para melhor no período pós-pandemia.

A desigualdade de acesso às aulas, o desinteresse dos estudantes, as dificuldades relacionadas à tecnologia e a insegurança sobre as mudanças são apenas alguns dos inúmeros fatores que podem ter afetado a percepção dos professores, segundo o estudo do programa USP Cidades Globais.

“A maior parte das respostas citava a preocupação com a dificuldade de acesso à tecnologia por parte dos alunos, como simplesmente ter um celular ou internet em casa, ou dominar o uso dos equipamentos. Além disso, muitos também apontaram que nem todos os estudantes têm a estrutura ou ambiente familiar necessários para fazer as atividades em casa”, disse Edson Grandisoli, do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP).

“Embora a aprendizagem nesse período não esteja sendo efetivamente avaliada, isso precisa ser levado em consideração para que novas estratégias de ensino possam ser implementadas”, afirmou Grandisoli.

Com informações do G1