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COTIDIANO

A arte da experimentação

Artistas e leitores se unem para homenagear os 21 anos de história do Cinco de Março e os 35 anos de existência do Diário da Manhã. Nasce assim a “Coleção de Artes 56 Anos de Liberdade”, que poderá ser vista de maneira permanente na sede deste Jornal, marcando ainda o surgimento de um novo espaço físico dedicado à manifestação criativa, ao encontro e à reflexão. Acrescentando vigor e diversidade a esta homenagem, está sendo formada dia a dia uma corrente em que os 35 participantes da primeira fase do projeto da Coleção indicam 21 outros artistas que ainda não tenham sido citados pela imprensa goiana em geral, e que nem por isso deixam de fazer uma arte digna do nome. É, uma vez mais, um garimpo de pedras preciosas que este Jornal, na área das artes como do jornalismo, promove em nome da evolução que é fruto de uma criteriosa renovação. Testemunhamos aqui, de forma privilegiada, a arte que dá mão à arte, o olhar que acende uma luz, a liberdade que se soma à liberdade. Em meio a tantas possibilidades, o resultado é um só: assim se torna cada vez maior e mais forte a corrente que interliga o leitor aos novos tempos.

________________________________________________________________ PX Silveira

Nesta edição, a artista Dilvan Borges nos apresenta Emília Simon:

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  REPORTAGEM: Rariana pinheiro 

Diversos objetos se transformam em obras de arte após passarem pelas mãos criativas de Emília Simon. Desde um velho guardanapo decorado até papelões prestes a serem descartados. “Quando meus amigos ganham algum material diferente, já pensam: Emília vai fazer algo interessante com isso”, conta. E ela não decepciona: deixa a imaginação rolar solta em peças originais que abusam do experimentalismo e bom humor.

Adepta da arte figurativa, Emília tem preferência latente em reinventar pessoas e animais – principalmente os gatos, uma paixão. Dessa forma, por meio da colagem, aquarela, tinta acrílica, constrói um universo paralelo que beira o desenho animado por ser repleto de seres surreais.

Faz sereias, cujas escamas são pétalas de rosa, animais psicodélicos de três olhos, ou ainda figurinhas rechonchudas, chifrudas e multicoloridas, que a artista não sabe definir o que são. “Acredito que o artista deve ter a liberdade de fazer o que deseja, independente do que te falaram que é bonito e certo. É assim que se consegue uma arte autoral”, explica.

Em conversa com a nossa reportagem, Emília contou que o mundo das criações se mostrou para ela bem cedo. Quando criança, podia sempre ser encontrada fazendo “arte” no escritório dos pais arquitetos.

Mas a peraltice de menina lhe abriu um universo no qual, hoje, está completamente inserida. Aos 29 anos, além de artista plástica, se formou em Design de Modas na UFG, onde atualmente é professora.

Está ainda sempre à procura de novas linguagens em cursos de ilustrações, e estudou, inclusive, com Tai-Hsuan-An, que carinhosamente apelidou de “mestre chinês”. Suas obras a têm levado a várias exposições na cidade, inclusive em duas edições do Fake Fake.

Com a mesma irreverência em criar figuras ímpares e cômicas, ela também homenageia os 56 anos de liberdade do Diário da Manhã. O jornal, Emília define como peça importante na renovação da cultura: “O veículo abre espaço para conversarmos sobre arte e ainda mostrarmos nosso trabalho”.

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