Home / Cotidiano

COTIDIANO

LIBERDADE

Artistas e leitores se unem para homenagear os 21 anos de história do Cinco de Março e os 35 anos de existência do Diário da Manhã. Nasce assim a “Coleção de Artes 56 Anos de Liberdade”, que poderá ser vista de maneira permanente na sede deste Jornal, marcando ainda o surgimento de um novo espaço físico dedicado à manifestação criativa, ao encontro e à reflexão. Acrescentando vigor e diversidade a esta homenagem, está sendo formada dia a dia uma corrente em que os 35 participantes da primeira fase do projeto da Coleção indicam 21 outros artistas que ainda não tenham sido citados pela imprensa goiana em geral, e que nem por isso deixam de fazer uma arte digna do nome. É, uma vez mais, um garimpo de pedras preciosas que este Jornal, na área das artes como do jornalismo, promove em nome da evolução que é fruto de uma criteriosa renovação. Testemunhamos aqui, de forma privilegiada, a arte que dá mão à arte, o olhar que acende uma luz, a liberdade que se soma à liberdade. Em meio a tantas possibilidades, o resultado é um só: assim se torna cada vez maior e mais forte a corrente que interliga o leitor aos novos tempos.

Nesta edição, o artista Alexandre Liah nos apresenta Chico Menezes:

Apenas um pintor

Untitled-2 copyChico Menezes se esquiva de holofotes, fotos e filmagens. Mas se libertou da timidez para homenagear o Diário da Manhã, com a riqueza de suas obras realistas

Alheio ao glamour que muitas vezes circunda o meio artístico – e, de certa forma, até fugindo dele –, Chico Menezes, de 53 anos, relutou em ser registrado por nossas câmeras. Mas, como presente à história do Diário da Manhã, deixou registrarmos momentos, talvez únicos, da intimidade, quase paternal, que vive com o mundo das cores.

A relação entre Chico e os pincéis é mesma intensa. Há 30 anos, desde quando cursou faculdade de artes – e teve professores como Cléber Gouvêa – as pinturas se tornaram “ganha pão” dos Menezes. Em sua casa e ateliê, seus quadros e vasos quase se misturam com decoração repleta de verde.

Acho difícil comparar uma felicidade maior do que a de ser pai. Mas a arte é quase como se fosse um filho. Uma outra parte de mim”, explica ele.

Na maioria de suas telas, pintadas sempre em tinta a óleo e acrílica, homenageia com realismo a natureza do Cerrado. É perito em desenhar pássaros, árvores e frutos. Ou ainda a beleza bucólica e pitoresca dos quintais de cidades do interior.

Esta predileção pela natureza, Chico explica que é também outra parte dele, que foi construída na infância, passada no sítio do pai em Piracanjuba. “O campo é o meu habitat. Nasci com parteira atrasada. Ela chegou e eu já estava no mundo. Então, a simplicidade faz parte da minha formação”, relembra.

Sobre seu estilo, Chico explica que poderia ser chamado de hiper-realista, mas logo desconversa ao dizer não ser dado também a definições. “Sou apenas pintor”.

As definições, de fato, podem ser um tanto arriscadas, já que nas paredes da casa do pintor descansa ainda parte de uma série que fez na única exposição individual, chamada Máscaras. Nela, as paisagens bucólicas deram lugar a figuras humanas, em um trabalho mais consensual, porém ainda realista.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias