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COTIDIANO

A paralisação continua

Os servidores municipais da Saúde decidiram ampliar a paralisação dos atendimentos na rede municipal. A decisão foi tomada em assembleia com os trabalhadores realizada na manhã de ontem, no Auditório Jaime Câmara, da Câmara Municipal de Goiânia. Na reunião também foi definido o novo cronograma para os próximos dias.

De acordo com o Comando de Greve do movimento, que envolve todas as categorias no âmbito da Saúde, ganhou a adesão do Sindicato dos Odontólogos, dos Médicos e o Samu.

Conforme nota publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde – GO), os servidores estão revoltados com o posicionamento da Prefeitura de Goiânia em relação à causa, pois o prefeito apresentou disposição em negociar apenas dois pontos da pauta de reivindicações.

Movimento

No início da noite de ontem, por volta das 19h, o Sindsaúde realizou ato público em frente ao prédio da Central do Samu, localizado no Setor Jardim Goiás. O objetivo principal do movimento foi a orientação e oficialização da adesão dos servidores que trabalham na unidade de atendimento.

Já na manhã de hoje, às 9h, será realizada uma coletiva no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal, para apresentar os principais motivos que têm resultado no movimento grevista. Os servidores ainda divulgaram que haverá um novo protesto após a coletiva.

Para a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, os trabalhadores jamais podem ser responsabilizados pelo caos na saúde. “O culpado por essa crise é o prefeito que não investiu nas unidades de Saúde e muito menos na valorização dos profissionais. Agora ele quer responsabilizar o servidor pela própria incompetência. Assim como o prefeito, os vereadores também ignoraram o pedido de socorro da classe trabalhadora e contribuíram para agravar essa situação. Esta greve já era anunciada há muito tempo e os gestores nada fizeram para mudar isso”.

A líder do sindicato ainda informou a volta das visitas às unidades de Saúde com o objetivo principal de paralisar todos os atendimentos que não sejam classificados como urgência e emergência.

12 mortes ocasionadas por dengue no Estado

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou ontem relatório que demonstra o aumento no número de mortes, o total registrado até o momento foi de 12 vítimas fatais no Estado, desde janeiro. Dado que representa o aumento de aproximadamente 64% em comparação ao mesmo período de 2014. Ainda de acordo com a SES, 26 mortes estão sob investigação, por ter suspeitas de relação com a enfermidade.

As mortes registradas até o momento foram nas seguintes cidades: quatro em Goiânia, duas em Aparecida de Goiânia e uma morte nas cidades de Trindade, Brazabrantes, Morro Agudo, Goianésia, Crixás e Rio Verde.

Goiás atualmente ocupa a segunda posição no ranking da doença, por isso é classificado como área de risco, onde há epidemia. Goiânia é a cidade em que os indícios são preocupantes, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já foram registrados 33.038 diagnósticos de dengue, se comparado ao ano passado, o aumento chega a cerca de 300%.

O mapa da dengue no Estado mostra que a região noroeste da capital lidera em números de casos da doença, com 5.437. Logo em seguida vem a região norte com 4.490 e sudeste com 3.716.

SAIBA MAIS

Pauta de reivindicação dos servidores da Saúde

Condições de trabalho e de assistência à população;

Data-base 2014 e 2015 com a retroatividade;

Cumprimento do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV);

Piso nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE);

Auxílio-insalubridade;

Auxílio-movimentação;

Alimentação de qualidade;

Abono especial;

Manutenção do quinquênio em 10%.

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