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Brasileiro condenado é levado para local de execução

Agência Brasil
O brasileiro Rodrigo Gularte e outras oito pessoas condenadas à morte por tráfico de drogas, na Indonésia, foram levados para a prisão de segurança máxima de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta, capital do país, onde ocorrerá o fuzilamento. Na última quinta-feira (23), o governo do país notificou os países de origens dos presos sobre a proximidade de cumprimento da pena, que deve ocorrer nos próximos três dias.
Além do paranaense, na fila de execução, há pessoas da Austrália, das Filipinas, da Nigéria e de Gana. Rodrigo está preso desde julho de 2004, quando entrou na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
Pelas leis indonésias, os presos e seus representantes devem ser comunicados com 72 horas de antecedência da execução. A convocação dos representantes das embaixadas gerou especulação entre quem acompanha o caso e os envolvidos de que, ontem, as autoridades do país poderiam definir a data da execução por fuzilamento.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro ainda não recebeu comunicação oficial sobre a data de execução de Rodrigo. A defesa do paranaense ainda tenta convencer a Justiça da Indonésia de que ele precisa de tratamento psiquiátrico, adiando ao máximo execução.
“Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Rodrigo Gularte e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésios, o governo brasileiro segue realizando gestões sobre o caso, por razões humanitárias e tendo em conta o estado de saúde do cidadão brasileiro”, informou o Itamaraty à Agência Brasil.
O Itamaraty ressaltou os reiterados pedidos feitos, “em caráter urgente”, de internação imediata do brasileiro em hospital local. Para demonstrar novamente a preocupação do governo brasileiro com a situação do paranaense e pedir mais explicações sobre o caso, o Itamaraty convocou na última sexta-feira o encarregado de Negócios da Indonésia no Brasil para uma reunião com o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.
Em janeiro, a Indonésia executou seis traficantes de drogas, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, fato que causou uma crise diplomática entre a Indonésia e o Brasil. O país asiático, que retomou as execuções em 2013 após cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 condenados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.

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