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Deputado diz que governo foi omisso ao não levar Polícia Militar para comunidade kalunga

Beto Silva

O deputado Major Araújo (PRP) afirma que a realidade da comunidade kalunga poderia ser outra se o governo de Goiás tivesse atendido seu pedido de criação de um pelotão da Polícia Militar no sítio histórico que abrange parte dos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
Nesta semana, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realizou audiência pública em Cavalcante e constatou a falta de segurança na região. A Polícia Civil apura diversas modalidades de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Parlamentares, representantes do governo, do Ministério Público e da sociedade civil apuram denúncias publicadas no jornal Correio Braziliense de que meninas da comunidade quilombola kalunga estariam sendo submetidas, em Cavalcante, a trabalho doméstico, abuso, estupro e exploração sexual.
Então presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa (atualmente é o vice-presidente), em 2011, ele já havia manifestado a preocupação. O parlamentar informou que, naquela época, encaminhou expediente, aprovado em plenário na Assembleia, ao governador Marconi Perillo (PSDB), bem como ao comandante-geral da PM, solicitando providências para criação do pelotão da PM, exclusivamente para atender àquela comunidade.

QUILOMBOLAS
A população kalunga é uma comunidade de negros, originalmente formada por descendentes dos primeiros quilombolas, ou seja, de escravos que fugiram do cativeiro e organizaram quilombos, passando a viver em relativo isolamento, construindo para si uma identidade e uma cultura próprias, com os elementos africanos de sua origem adicionados aos europeus dos colonizadores, marcados pela forte presença do catolicismo tradicional do meio rural.
Araújo lamenta o fato de que não foi atendido em sua solicitação: “Alguns colegas dizem que a gente não faz oposição propositiva, por isso vamos subir novamente à tribuna da Casa para mostrar nosso e requerimento de 2011 e que não foi atendido. Hoje, o governo está pagando o preço por não ter criado esse Pelotão da Polícia Militar para atender àquela comunidade”.

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