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Números da Saúde impressionam

Assessoria de imprensa

No momento em que a oposição aumentava o tom das críticas contra o modelo de gestão de hospitais criado pelo governador Marconi Perillo (PSDB), o governo de Goiás respondeu com números que encerram dúvidas a respeito do avanço no atendimento que é oferecido na rede pública. As planilhas foram apresentadas em audiência organizada pela Comissão de Saúde da Assembleia, presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), ontem.

De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, em três anos, o gasto total do governo com os hospitais aumentou 28%, enquanto houve incremento de 101% nos atendimentos ambulatoriais, 48% nas cirurgias, 80% nas internações em enfermaria e 60% nas internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Apesar de alto padrão de atendimento que alcançaram, os hospitais entraram na mira dos deputados de oposição porque eles descobriram que o governador quer adaptar, na Educação, o modelo que já deu certo na Saúde. O estranho é que, apesar das críticas ácidas e das generosas doses de veneno destilado em plenário, nenhum parlamentar do PT ou do PMDB compareceu à audiência. O único representante desses partidos, que deu a cara, foi o ex-deputado Waguinho Siqueira (PMDB), que ao final do debate derramou elogios à Saúde do governo Marconi. “Saio daqui impressionado. Estou quase convencido a cancelar a minha Unimed”.

O modelo de gestão por OS surgiu da necessidade de se encontrar caminhos alternativos para melhorar o serviço de Saúde pública em Goiás – que, a exemplo do que ocorre ainda hoje em outros Estados, é muito ruim. A primeira experiência ocorreu no Centro de Reabilitação e Readaptação Henrique Santillo (Crer), em 2002. De lá pra cá, o número de consultar médicas saltou de 2.296 para 142.978. As internações hospitalares subiram de 2.526 para 39.388. Por fim, os procedimentos cirúrgicos passaram de 130 por ano para 9.820. “O grau de excelência do Crer é tão grande que, a pedido do Ministério da Saúde, nos tornamos consultores para estados que querem adotar centros de referência em traumatologia e ortopedia”, afirma Sérgio Daher, superintendente executivo da unidade.

Nove anos depois do Crer, o governador resolveu estender o modelo de gestão para todos os hospitais da rede pública de Goiás. A prova de que a aposta deu certo é que, segundo a Organização Nacional de Acreditação (ONA), dos treze melhores hospitais públicos do Brasil, quatro são goianos: Crer, Hospital Geral de Goiânia (HGG), Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e Hospital de Urgências de Santa Helena (Hurso). “Tomara que todos os hospitais públicos do Brasil um dia sejam iguais ao HGG e ao Hugo”, disse o deputado estadual Dr. Antônio (PDT), que também é médico. “É uma pena que a oposição não esteja aqui para ver isso. Sairia daqui tão entusiasmada com a Saúde de Goiás quanto eu estou”, afirmou Talles Barreto (PTB).

SÍMBOLO

O Hugo, que deixará de ser o maior hospital de urgências do Estado quando for inaugurado o Hugo 2, nos próximos dias, é símbolo do sucesso do modelo de gestão que Marconi implantou na Saúde. Em três anos, os atendimentos ambulatoriais passaram de 61.286 para quase 71 mil, enquanto o número de leitos praticamente dobrou (235 para 407) e os leitos de UTI passaram de 44 para 58. Nesse mesmo período, as cirurgias saltaram de 9.136 para 14.331, as internações em enfermarias cresceram 37,8% e, em UTI, 22,4%.

“O Hugo, que passou por dificuldades, conta hoje com outra realidade. O hospital não está bonito apenas na foto. Qualquer hora que vocês chegarem lá, vão encontrar a unidade brilhando e sem macas no corredor”, afirma o médico Ciro Ricardo de Castro, diretor-geral do Hugo.

Outro símbolo da guinada que o governo de Goiás deu na Saúde é o HDT, que chegou a ser interditado em 2012 por falta de condições para atendimento. Hoje, ele é uma das 13 unidades de atendimento do Brasil com certificado de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e referência em infectologia. Por coincidência, técnicos do Rio de Janeiro estavam em Goiânia no momento da audiência, em visita ao hospital, porque querem que o serviço de saúde deles funcionem como o de Goiás.

Ex-deputado do PMDB elogia hospitais

A apresentação dos números, que mostram que os hospitais de Goiás evoluíram a passos largos nos últimos três anos, causou forte impressão ao ex-deputado estadual e hoje diretor legislativo da Assembleia Legislativa, Waguinho Siqueira (PMDB). Depois de dizer que estava impressionado, Waguinho afirmou que se sente seguro para recorrer aos hospitais públicos quando for necessário. “Estou com vontade de cancelar minha Unimed”.

Curioso é que Waguinho foi o único representante dos partidos de oposição a comparecer à audiência pública marcada para discutir o assunto, em que pese o fato de peemedebistas e petistas terem dedicado os últimos dias para atacar a Saúde pública no Estado. O deputado Talles Barreto (PTB) condenou o comportamento dos colegas. “Muitos criticam sem saber como funciona o trabalho. Só sei que tem muita dor de cotovelo, afinal o resultado positivo está na boca do povo”.

Saiba mais

Evolução do atendimento nos hospitais de Goiás (2011-2014)

Atendimento ambulatorial  (101%)

Cirurgias (48%)

Internações enfermaria (80%)

Internações UTI (60%)

Custeio (28%)

Evolução dos hospitais em números (2011-2014)

Atendimento ambulatorial

HDT: 29,27%

HMI: 69,93%

Maternidade Nossa Senhora de Lourdes: 76,90%

Huapa: 70,10%

Hurso: 501,27%

Crer: 101,89%

HDS: 2.708,09%

Hugo: 15,75%

Cirurgias

HDT: 10,38%

HMI: 12,65%

Huapa: 28,57%

Hurso: 227,87%

Crer: 252,86%

Hugo: 56,86%

Internações em enfermarias

HMI: 17,45%

Maternidade Nossa Senhora de Lourdes: 52,85%

Huapa: 481,03%

Hurso: 185,16%

Crer: 218,75%

HGG: 11,3%

Hugo: 37,89%

Internações em UTI

HDT: 102,15%

Hurso: 175,25%

Crer: 129,51%

Huana: 7,32%

HGG: 212,99%

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