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Rollemberg nomeia três índios para atuarem no GDF

Da Redação, com agência 

O Governo do Distrito Federal (GDF) inovou e nomeou  três índios para participarem da atual gestão. Eles passam a integrar o governo de Brasília para articular políticas públicas de interesses dos povos atendidos no DF, caso dos Fulni-ô, Xukuru, Kariri-Xocó e Guajajara.

O ato de nomeação teve a iniciativa do governador Rodrigo Rollemberg. São raras as experiências políticas com representantes das comunidades da terra — principalmente indígenas.  Goiás, por exemplo, jamais teve qualquer espécie de representatividade tanto no legsilativo quanto no executivo.

Por isso a ação no Distrito Federal é simbólica. Rodrigo Rollemerg, acompanhado da esposa e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg, da secretária de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Marise Nogueira, e do secretário de Cultura, Guilherme Reis, deu posse aos três índios  no último domingo (19), durante evento que contou com discursos e rituais no Memorial dos Povos Indígenas.

Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, havia cerca de seis mil pessoas autodeclaradas indígenas em todo o DF.

Para Rollemberg, é fundamental colocar em evidência a valorização da diversidade cultural e étnica brasiliense: “A contribuição que cada comunidade pode oferecer à cidade é a principal riqueza de Brasília, um lugar onde as diferenças convivem em harmonia”.

Osvaldo Xukuru e Francisco Tabajara serão, respectivamente, chefes do Núcleo de Diversidade Cultural e do Núcleo de Saúde e Segurança Alimentar da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Álvaro Tukano vai para a direção do memorial, ligado à Secretaria de Cultura. “Essa casa é muito importante, pois aqui as pessoas conhecem cultura, tradições e histórias de lutas dos nossos povos”, destacou o novo diretor.

“São ações importantes para ampliar o debate sobre as populações, não apenas formadas por índios, mas também por ciganos, quilombolas, enfim, todos aqueles que formam a nossa identidade”, acrescentou a secretária Marise Nogueira.

No fim da solenidade, o governador plantou uma palmeira de buriti, enquanto os Krahô, de Tocantins, os Fulni-ô, de Pernambuco, e outros que habitam o Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso, fizeram exibições de dança, pintura corporal e artesanato. Em uma visita à tribo Krahô, Rollemberg foi chamado de Kravajô — palmito de buriti.

O evento marcou também as cerimônias do Abril Indígena. Até o dia 24, a programação terá minicursos, oficinas e palestras.

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