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Boletim revela 98.563 casos de dengue em Goiás

Saulo Humberto

Os dados do 17° Boletim Epidemiológico da Dengue, apresentados, ontem, à imprensa pelo secretário estadual de Saúde (SES) são assustadores: 98.563 casos de dengue, em Goiás, entre janeiro de 2015 e o início deste mês, 18 mortes confirmadas e 50 suspeitas.

Apesar dos números preocupantes, o secretrário Leonardo Vilela acredita que o Estado está em fase de estabilização, com tendência de queda dos casos.

De acordo com o boletim , entre as 18 mortes, oito foram em Goiânia, duas em Aparecida de Goiânia e o restante em Brazabrantes, Crixás, Goianésia, Iporá, Morro Agudo, Rialma, Rio Verde e Trindade, sendo uma em cada município.

Em relação aos 50 óbitos suspeitos, ou seja, que ainda dependem de confirmação, 14 ocorreram em Goiânia. A Capital também é a cidade com maior número de casos notificados, 40.764, sendo que em segundo lugar surge Aparecida de Goiânia, com 8.523, seguida de Anápolis, com 3.759.

O secretário explicou que atualmente existem quatro sorotipos da doença no Brasil, sendo que este ano já foram registrados 491 casos do tipo 1, 91 do tipo 4 e um caso do tipo 2. “Nas epidemias passadas, tivemos uma epidemia de sorotipo um. Os novos sorotipos aumentam a possibilidade da pessoa ter três tipos de doença”, diz.

Prevenção

Segundo o secretário Leonardo Vilela, há uma deficiência de agentes em Goiás, pois deveria ter 3.200, mas só existem pouco mais de 2 mil. “Qual o resultado disso? A visita domiciliar não é feita em todas os domicílios, fica gente de fora, então muitas vezes falta esclarecimento a essas pessoas”, explica.

Quando um caso é notificado, a Secretaria Municipal pega o endereço do paciente e faz um bloqueio com inseticida procurando possíveis focos, para que aqueles mosquitos que estão ali, que provavelmente picaram a pessoa, que eles morram  e parem de contaminar as pessoas.

O principal problema de Goiás é a contenção do casos. Na segunda-feira (4), o Ministério da Saúde informou que o Estado ocupa o segundo lugar em incidência de dengue, perdendo apenas para o Acre.

Se manter o ritmo de crescimento de casos, Goiás pode ultrapassar Acre e agravar a situação, que já é crítica por conta da falta de unidades de atenção em Goiânia. A Capital enfrenta greve no setor de saúde municipal.

Fumacê

Uma das preocupações da população é quanto a falta de fumacê nas ruas de Goiânia. O secretário explica que ele é muito limitado, citando três motivos: só mata o mosquito da forma adulta e não atinge as larvas.

Segundo, os muros altos, as janelas fechadas das casas, a altura dos apartamentos e dos prédios, impedem que o veneno chegue aqueles locais. Além disso, o fumacê é um produto tóxico para o meio ambiente, o operador e a população. Apesar disso, ele afirma que na Capital, foram providenciados quatro vezes mais inseticidas do que o ano passado para a Secretaria Municipal de Saúde fazer o fumacê em Goiânia.

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