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Líquido milagroso contra a dengue

Beto Silva Da editoria de Cidades  

Praticamente inexiste um pacote de ações terapêuticas e preventivas que erradique a dengue. Não existe ainda uma vacina para impedir o contágio. Nem um medicamento que enfrente a doença e, de imediato, a tire de circulação do corpo do paciente.

Com um ciclo característico, a dengue se manifesta a partir do terceiro dia do contágio. Primeiro, surge a febre, depois se generaliza uma dor no corpo: articulações, no fundo do olhos, a boca pode ficar amarga, cansaço e um grande mal-estar.

A cada dia, surgem “novidades” no doente: a “canseira”e a febre podem ir e voltar. As coceiras surgem nos três primeiros dias e também no final.

Uma das explicações é de que como o nível de plaquetas está baixo a pressão sanguínea aumenta com o banho quente. Isso causa rompimento das veias e a consequente “coceira”.

A luta é para que se aumente um patamar a mais: as plaquetas, que não devem permanecer menores do que 50 mil, evoluem lentamente de um dia para o outro. Por isso, esse acompanhamento deve ser diário e, de preferência, com auxílio médico.

Após a contagem das plaquetas em um exame simples de sangue, já é possível perceber se existe ou não um quadro de dengue. Depois que o médico reconhece a doença, surgem as soluções paliativas, mas essenciais para que a doença não se agrave.

E uma delas é beber água de coco e soro caseiro. A desidratação e a perda de substâncias dos organismos são os problemas mais graves da doença.

Soro com sabor

Existem três formas de soro: as já preparadas em farmácias, aquelas em saquinhos (que podem ser produzidos pelo comprador) e o soro que fazemos em casa. Alguns deles podem ser adquiridos com gosto de frutas.

O soro caseiro deve ser tomado em pequenos goles ao longo do dia e na quantidade que o médico indicar. Será ele o responsável por tirar você da desidratação e diminuir casos de vômitos e diarreia.

A dengue retira líquido dos vasos sanguíneos e compromete a circulação. Por isso, repor esta perda com soro é tão importante na luta contra a doença, que pode se agravar e levar o paciente à morte.

Um dos testes que o paciente deve fazer para avaliar se a hidratação está correta é analisar a cor da urina: se aparecer limpa, o procedimento está correto. Caso contrário, é preciso ingerir mais água.

A ingestão do soro pode ocorrer em casa ou diretamente nas unidades de saúde, por meio intravenoso. No caso do Sistema Único de Saúde (SUS), o problema é quase sempre enfrentar as longas filas.

No último dia 5, a reportagem do DM contatou uma paciente que aguardava atendimento para tomar soro na UPA Jardim Itaipú. A paciente já diagnosticada com dengue esperou por cinco horas para tomar o líquido quando foi informada que na troca de plantão o médico da noite não iria trabalhar.

Logo, um enfermeiro não pode prescrever o uso do soro intravenoso, apenas o médico. Nestes casos, muitas vezes de urgência, é preciso sorte para ser atendido.

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Como fazer o soro caseiro

Receita de soro caseiro usando

è colher de sopa

è 1 litro de água filtrada, fervida ou mineral engarrafada

è 1 colher de sopa bem cheia de açúcar ou 2 colheres rasas de açúcar (20 g)

è 1 colher de café de sal (3,5 g)

è Receita para 1 copo de 200 ml de soro caseiro

è 2 medidas rasas de açúcar, do lado maior da colher padrão

è 1 medida rasa de sal, do lado menor da colher padrão

è 1 copo (200 ml) de água filtrada, fervida ou mineral engarrafada

Modo de preparo:

Misturar todos os ingredientes e beber pequenos goles várias vezes ao dia.

è Atenção: o soro caseiro não deve ser mais salgado que uma lágrima.

A durabilidade desse soro caseiro é de, no máximo, 24 horas. O paciente de dengue deve tomar diariamente cerca de três litros de soro, fora água e suco.

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