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Nasser Najar
Mal começou o tempo seco típico do cerrado goiano e o corpo de bombeiros apresenta um dado alarmante: até o início desta semana já foram registrados 1.440 focos de incêndio do estado de Goiás. Na Região Metropolitana de Goiânia já são 366 casos.
É comum a população associar a ideia de queimadas ao interior do estado, onde existe mais vegetação e menor população, entretanto as queimadas na capital têm se tornado comuns e cotidianas. O Corpo de Bombeiros aconselha veementemente à população a não atear fogo em lotes baldios, lixos e folhas.
A queimada é considerada crime e além de aumentar os problemas respiratórios de quem já os possui, pode gerar novos problemas às pessoas saudáveis. Não bastassem esses problemas, uma queimada por mais simples e “prática” pareça ser, pode facilmente perder o controle e se espalhar. Se ocorrerem em centros urbanos gera prejuízos e destrói patrimônios, se forem em áreas rurais podem durar dias.
Muitos moradores ao invés de realizarem a roçagem dos terrenos ou juntarem folhas e lixos para a colheita da Comurg, fazem a queimada em seus próprios lotes, espalhando gás carbônico na atmosfera. O CO2 em excesso desequilibra a temperatura do ambiente e está fortemente ligado ao processo de aquecimento global.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Goiás tem baixa umidade relativa do ar até início de outubro, sendo que os piores casos de seca acontecem em setembro, quando a umidade diminui no nível de deserto. Portanto o que já é um alto índice pode se tornar mais grave. Em 2014 foram registrados 6.050 focos de incêndios.
Marlon, 32, é morador do Assentamento Oziel na cidade de Baliza é conta que a comunidade já teve de lidar com queimadas que duravam dias, uma delas durou 10 dias, segundo o agricultor. Os bombeiros conseguem conter incêndios nos centros urbanos, mas quando acontece nas zonas rurais às vezes é necessária a criação de uma força tarefa.
