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Especialistas preveem tráfego estrangulado

A edificação de duas torres comerciais no Setor Marista com 44 e 48 andares está sob investigação da Câmara de Vereadores. O empreendimento é da Consciente Construtora e do empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi. Por essa razão o edifício foi apelidado de Friboizão, pela magnitude de seus 144 metros de altura e a disposição de recursos para investimento.

“A legislação municipal e também o Estatuto das Cidades estão sendo gravemente violados e não vamos aceitar”, comentou o vereador Djalma Araújo (Solidariedade), que primeiro anunciou a construção da obra. Segundo Djalma existem protocolos exigidos para a edificação de obras de grande amplitude como essa em Goiânia, com a ressalva de que se trata de um empreendimento em local de tráfego intenso.

O local da construção é na confluência das avenidas D e 85, na Praça do Ratinho, ao lado do Viaduto Latiff Sebba. A construção que ainda resiste no local é uma unidade da rede de fast food McDonalds, adquirida há dois anos pelo empresário Júnior Friboi. O restante do terreno para a edificação dos dois arranha-céus é composto pela área onde funcionava o Supermercado Marcos e a Igreja Maranatha, completando os quase 10.000 metros quadrados onde serão erguidas as megaconstruções.

As duas torres se destinam a salas comerciais, o primeiro edifício de 44 andares e também um outro com 48 andares que abrigarão salas e um home-office, moderna concepção de hotel.

O vereador Djalma Araújo citou como legislação municipal ferida na concessão de alvará de construção do Edifício Friboizão a Lei 8.465, de 2008, que determina a realização de estudos preliminares para permitir a edificação. “A lei exige a realização de estudos prévios quando construções forem caracterizadas como ‘Polo Gerador de Tráfego’, como é o caso desse empreendimento”, explicou.

Enquadramento

Um dispositivo específico dessa lei determina que “empreendimentos não residenciais com área efetivamente ocupada superior a 5.000 metros quadrados” devem apresentar Estudo de Impacto de Trânsito (EIT) e Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) com identificação dos instrumentos capazes de aferir isto e também o estabelecimento de “medidas mitigadoras e/ou compensadoras decorrentes da implantação de empreendimentos de impacto”.

Djalma lembra que uma visão preliminar da região onde a Consciente Construtora e Júnior Friboi querem erguer as torres já tem um trânsito por demais sobrecarregado e a obra poderá agravar ainda mais a situação. “Somente de vagas de garagem foram aprovadas mais de 1.700, comprovando o grande fluxo de veículos no local e que vão circular pelas vias do Setor Marista”, comenta o vereador.

A realização de audiências públicas, exigências prevista no Estatuto das Cidades, é outra irregularidade não sanada pelos empreendedores do Edifício Friboizão. “Vamos convocar uma audiência pública para esse fim logo que forem retomados os trabalhos na Câmara Municipal e os vereadores vão dar uma resposta para a sociedade”, frisou.

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