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Goianienses seguem à margem da polêmica Uber

Kidia Lima,Da Editoria de Cidades

O Uber, aplicativo que já é usado em 57 países e permite que motoristas comuns realizem serviço semelhante ao de taxistas, gera protestos da parte dos tradicionais profissionais da área em boa parte do Brasil. Na Capital, todavia, não acontecem desentendimentos. Pelo menos, por enquanto. É que a novidade ainda não está por aqui. Mesmo assim, taxistas e passageiros goianienses já começam a imaginar os impactos da chegada do aplicativo.

Os motoristas de Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília lutam contra a novidade sob a alegação de pagarem licenças e impostos para exercerem sua profissão. Por sua vez, os que fazem uso do Uber pagam apenas o IPVA dos carros – e a porcentagem para os donos do aplicativo. Dessa forma, dizem ser desleal a concorrência gerada pelo app. No geral, os taxistas demonstram ser contra a atual tendência de transporte de passageiros nos carros “pretos”.

Na última semana, a situação entre os que prestam serviço pelo app e taxistas foi motivo de protesto por conta dos taxistas. Com uma carreata, eles interditaram diversas ruas do Rio.

O Uber funciona, basicamente, da seguinte forma: um usuário do aplicativo que necessite de transporte particular solicita um motorista. Então, o app entra em contato com profissional cadastrado que será apresentado por meio do seu aparelho e assim quem pediu pode escolher, inclusive, o modelo do veículo para a corrida.

O pagamento do serviço, é feito automaticamente da conta do usuário e cobrado via cartão de crédito. O valor pago pelo serviço é uma tarifa fixa, porém de acordo com o carro escolhido, que soma o minuto e o quilômetro rodado. Segundo a empresa que gerencia o app, 20% do total cobrado é destinado à empresa detentora do app.

ANTIGO

Apesar de parecer novidade para nós, o serviço já existe há cinco anos nos Estados Unidos. Inicialmente, para ser cadastrado com intenção de ofertar a carona remunerada era necessário ter carro de luxo preto. Mas já há para o Brasil a proposta do UberX que oferece a oportunidade a motoristas de carros mais simples e de outras cores para participar da nova maneira de oferecer carona remunerada. Para o consumidor, a vantagem é que o valor proposto pode ser realmente mais barato do que táxi, ao contrário da primeira proposta da empresa, com o tradicional Uber.

Reportagem do Fantástico, da TV Globo, veiculado no domingo (26), mostra que os valores do Uber chegam a ser maiores do que os cobrados pelos taxistas – o que, convenhamos, tira todo o charme do produto.

uber

Tecnologias auxiliam taxistas

Saulo Humberto


Nos últimos anos, novos aplicativos têm agilizado a espera por um táxi e facilitado a vida dos taxistas. Inclusive, alguns já deixaram o trabalho nas radiotáxis para atuarem por conta própria, como Elevitica Luiza Sales, conhecida como Luiza.

Com cinco anos de profissão, há três a taxista atende os passageiros por meio de aplicativos como Easytaxi, Wappa, Taxija, 99taxis e Waytaxi. Essa mudança tem registrado aumento no número de corridas diárias da profissional, que começou a participar desses aplicativos devido a facilidade de não precisar do discador ou da radiotaxi, onde segunda ela, uma operadora pode passar o endereço errado.

Entre os benefícios dos aplicativos, ela cita os vouchers, pois considera o desconto bem em conta, sendo que uma radiotáxi desconta 20%, enquanto os aplicativos, 9%. Além disso, há outros fatores que considera fator benéfico. “Jogo no GPS e localizo rápido o endereço, e também entro em contato direto com o passageiro. Ao atender o passageiro do aplicativo, o taxi faz desde viagens longas como perto; em radio só viaja quem e da administração da radio ou os carros dos maiores acionistas da rádio”.

Outro ponto positivo considerado por Luiza é que no aplicativo 99taxis se o passageiro cancela a corrida ele paga cinco reais pelo deslocamento do veiculo, o que não acontece nas radiotáxis.

Ao acionar uma corrida por meio de qualquer um dos aplicativos, o passageiro tem o número e a placa do carro, e acompanha o veículo chegar até ele. Já os taxistas possuem um GPS que mostra os quilômetros e o tempo que o motorista gasta para chegar até o local. No aplicativo, se tiver muito distante o motorista não aceita (a corrida), e ele pode atender onde estiver pela internet. “Se não tiver internet veloz, dança”, diz.

“O motorista que esta mais próximo ou a internet mais rápida pega o passageiro. Já em rádio tem fila de espera nos pontos, e passa a informação do endereço errada ou o passageiro não é conhecido e o risco é muito grande. No aplicativo aparece até o retrato do passageiro, a localização. O motorista vê logo se vai ou não”.

Modo de usar os aplicativos

Easy Taxi

  • Lançado em abril de 2012, o Easy Taxi está em Goiânia desde abril de 2013. Para utilizar, basta baixar em uma loja virtual, fazer o login com Facebook ou e-mail. O aplicativo identifica a localização do passageiro por meio do GPS. Após isso, basta selecionar a forma de pagamento, clicar em “Pedir Táxi”, e o taxista mais próximo se desloca até o local.

99Taxis

uTambém fundado em 2012, o app está em funcionamento em Goiânia desde 2013. A utilização é fácil, sendo que para isso é necessário baixar o aplicativo e fazer um cadastro. Após isso, seu número de celular será validado e aparecerá a localização atual e os táxis livres nas proximidades. Só clicar em Pedir Táxi e selecionar a forma de pagamento.

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