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Na contramão da economia instável, setor de franquias tem crescimento significativo

Mesmo com a economia do País em ritmo lento, especialistas apontam um crescimento do faturamento no setor de franquias, girando em torno de 7,5% a 9%. Segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising) em 2014, o setor faturou R$ 127 bilhões e teve um crescimento de 7,7% em relação ao faturamento do ano anterior. Já o número de marcas deve aumentar 8% e o de novas unidades crescer entre 9% e 10%.

O cenário favorável é propiciado pela característica resiliente da indústria de franquias e por um investidor preparado e disposto. Segundo o balanço da ABF, o número de unidades das redes teve um aumento de 9,8%, subiu para 125.641. Foram abertas 11.232 unidades no ano passado e a taxa de mortalidade de empresas no sistema de franquias foi de 3,7%, sendo que o índice de mortalidade dos negócios tradicionais, segundo Sebrae, é de 24,9% em dois anos.

Já no caso de lançamento de novas redes de franquia, o crescimento foi de 8,8% em 2014 comparado ao ano anterior. O balanço mostra que o número de marcas aumentou de 2.703 para 2.942 no período analisado, ou seja, entraram no mercado 239 novas franqueadoras.

Em Goiás

Embaladas pelo favorável panorama atual, muitas empresas goianas têm conquistado outros estados, expandindo a sua presença pelo Brasil. Um desses exemplos é o Grupo Artesanal, empresa de farmácias de manipulação de medicamentos fundada em 1981 em Goiânia, que mantém seu plano de expansão, com foco no cliente, na qualidade, em novas tecnologias e na gestão sustentável.

O modelo de franquia de conversão é umas das estratégias que a rede encontrou para aumentar a participação no mercado de medicamentos personalizados e produtos voltados ao bem-estar. Dentro desse processo a Artesanal transfere sua tecnologia de negócio para o franqueado, como uma troca de experiências. O empresário pode aproveitar o ponto comercial já existente, que será analisado para adequar à estrutura da rede, sendo este modelo uma forma rápida, eficiente e com um custo reduzido.

"Os benefícios para o franqueado são vários como desenvolvimento em planejamento e gestão, padronização de processos de produção, ações de marketing integradas, treinamentos de vendas, técnicas de manipulação de produtos, gestão de indicadores, entre outros", explica Naiana Tokarski, diretora de expansão e novos negócios do Grupo Artesanal.

Novas adesões

Os empresários que aderiram ao método tiveram um crescimento médio de 30% em relação a 2014. Já o Grupo Artesanal, após adquirir as novas franquias, triplicou suas lojas e cresce na distribuição da linha própria em mais de 200%. A franquia de conversão trata-se de uma tendência crescente, uma modalidade mais rápida e mais acessível ao empresário independente que atua no mesmo segmento.

É o caso das antigas lojas da Farmogral, que convergiram para Artesanal.  São unidades localizadas em Minaçu, Goianésia, São Luis dos Montes Belos, Itaberaí, Itapuranga, São Miguel do Araguaia, Formosa e Uruaçu, no Estado de Goiás; Redenção, Marabá, e Parauapebas, no Estado do Pará; Araguaína e Gurupi, no Estado do Tocantins. Com isso, o Grupo Artesanal conta atualmente com mais de 30 unidades em Goiás, Pará e Tocantins.

Segundo Roberta Rosa, responsável pela franquia em Goianésia, depois da adesão ao grupo houve um aumento de 43% no faturamento geral e uma conseqüente melhora no mix de produtos para revendas. Para a empresária, a conversão foi uma busca por consolidação, "A grande tradição da Farmácia Artesanal, produtos exclusivos, marca própria  e uma franquia com maior suporte para os franqueados, nos motivou à adesão".

O sucesso da parceria é comprovado nos números, a expectativa de crescimento anual da nova franquia era de 30%, porém, a meta foi ultrapassada, e hoje estima-se 45% de crescimento. Para Naiana Tokarski, o método de conversão é o melhor caminho para ajudar o empresário independente a ter mais força de marca e expandir seu negócio, "Assim também conseguimos crescer, conquistar um espaço mais expressivo e nos tornar mais competitivos no mercado", afirma a executiva.

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