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O resultado do laudo do Instituto de Criminalística de Goiânia, que procurava identificar o tipo de mancha, encontrada em peças de roupas de Deise Faria Ferreira, 41, que desapareceu após um ritual religioso com uso da bebida ayahuasca, deu negativo, as manchas não eram de sangue. A informação foi confirmada pela Polícia Civil ontem.
O delegado responsável pelo caso, Thiago Damasceno, da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic), disse que o resultado do exame não mudou os rumos da investigação. Ele continua a trabalhar com todas as hipóteses e a recolher depoimentos e provas para desvendar o caso. As buscas do Corpo de Bombeiros estão suspensas desde quinta-feira e só volta a acontecer após novo pedido da Polícia Civil.
O advogado do Instituo Xamânico Céu do Patriarca e Matriarca, onde Deise desapareceu, apresentou uma ficha de inscrição da vítima, onde ela se diz apta para tomar a bebida alucinógena. O documento é de 25 de abril deste ano, com assinatura de Deise, onde admite que é usuária de maconha, mas que não consome bebida alcoólica ou remédios.
Familiares de Deise confirmam a autenticidade da assinatura da ficha, mas explicam que até aquela data ela não usava medicamentos. Posteriormente, ela teria passado a fazer um tratamento psiquiátrico para cuidar de uma depressão.
O líder religioso do Instituto, Cláudio Pereira Leite diz que Deise pediu para tomar a ayahuasca no dia em que havia tomado o medicamento psiquiátrico, mas que por sua orientação, ela só participou do ritual no dia seguinte, quando desapareceu.
A versão do desaparecimento conhecida até agora é de que Deise teria pedido para ir embora e enquanto a testemunha, nomeada de Antônio, colocava seus pertences em um carro, Deise teria saído em direção a porteira da chácara onde acontecia o encontro religioso, em Abadia de Goiás. Seis pessoas estavam presentes na chácara na noite de sábado, quando Deise foi vista pela última vez.
