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Polícia procura mulher que desapareceu durante ritual de santo daime

A Polícia Civil e Corpo de Bombeiros procuram uma mulher que desapareceu durante um ritual da seita de santo daime. A reunião mística ocorreu em uma chácara de Goiânia no sábado (11). Mesmo com as buscas, a irmã da desaparecida diz não ter esperanças de encontrá-la viva.

Deise Faria Pereira, 41, é auxiliar de enfermagem no Hospital de Urgência de Aparecida de Goiânia (Huapa) e estava afastada do trabalho por razões médicas desde o dia 16. Integrantes do grupo disseram que Deise ficou perturbada e saiu correndo da propriedade após ter bebido o chá de ayahuasca.

A família da mulher só recebeu a notícia 24h depois da mulher ter sido vista pela última vez. Keila, irmã de Deise, conta que foi informada do desaparecimento da irmã na noite de domingo (12), quando um dos participantes da seita devolveu o carro que a auxiliar de enfermagem utilizava.

Ela também conta que a irmã começou a agir de maneira estranha desde que começou a participar dos cultos. Conforme a familiar, ela se tornou agressiva com e passava mal todas as vezes que ingeria o chá.

As buscas pela mulher começaram segunda-feira e no mesmo dia foram encontradas algumas peças de roupa em uma ribanceira próxima à chácara, que foram enviadas para análise.

Na manhã de ontem a família de Deise prestou depoimentos à Policia Civil. Em tentativa de conseguir maiores informações sobre o caso, o Diário da Manhã entrou em contato com delegado do caso, Thiago Damasceno, porém ele optou em não informar maiores dados sobre a investigação.

MORTE

Em 2009, um jovem de 19 anos morreu supostamente devido ao uso da bebida. Fernando Henrique Queiroz Tavares começou a passar mal após ter ingerido três cálices do chá de ayahuasca em um dos cultos numa chácara na cidade de Senador Canedo. O rapaz foi levado ao pronto-socorro da cidade onde faleceu. Quando internado, o jovem apresentava dificuldades de respirar e tinha uma aparência cansada.

O chá de ayahuasca é preparado a partir da associação do cipó jagube com o arbusto shacronam. Seu nome é uma palavra indígena que pode ser traduzida como “vinho dos mortos” e o seu uso é permitido exclusivamente para fins religiosos.

Além de alucinógeno, o chá é suspeito de causar hipertensão, taquicardia, náuseas, vomito e diarreia. Porém, para os praticantes o chá serve para realizar busca do autoconhecimento e melhorar sua aprimoramento como ser humano.

A religião surgiu no início do século 20 no Acre. Fundada pelo seringueiro Raimundo Irineu Serra, conhecido dentro da doutrina como Mestre Irineu, o culto ao chá da ayahuasca tem relações com os nativos amazônicos. Ele teve visões de que um espírito superior teria dado a missão do “Santo Daime”.

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