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Fábio Nasser - O sonho do alvorecer

O espírito do jornalista Fábio Nasser veio no último dia 11 de agosto, noite de terça-feira, nas Obras Sociais Mãos Unidas, no Jardim das Aroeiras em Goiânia, pelas mãos da médium Mary Alves, incandescer de esperança o coração de seu pai, o editor-geral deste Diário da Manhã.

O editorialista prepara um novo artigo que caminha para grande volume de laudas e que será um manifesto de sensatez em tempos de cenário mundial tão conturbado. Especialmente, aqui no Brasil, aonde para onde se olha, na superfície desta nação, boia a bolorenta imundície execrada das pessoas com responsabilidade pública e que, hoje, está correndo o nojo ao céu aberto da Nação, e o odor saturou os olfatos da civilidade.

Batista Custódio, desde a infância, edificou seu caráter como um líder semeador de sonhos. O semblante dos mártires, que irradia o peso da seriedade, desenha seu olhar percuciente e, na boca, leva, encantado, o sorriso da criança que vai ao céu para colher estrelas e lançá-las para os povos como os pequenos floristas fazem ao espalhar as pétalas nos corredores sagrados dos matrimônios.

O editor-geral sempre fez, com a máxima responsabilidade, aquilo que o notabilizou nacionalmente: escrever. Dada sua autoridade moral, esculpida nos exemplos paulatinos onde o suor é derramado na camisa a ponto de que, torcê-la, enche-se o balde, Batista Custódio segue no trilho estreito entre a asfixia econômica de uma empresa de comunicação e o sonho da liberdade absoluta de imprensa, institucionalizado nas oito páginas diárias do caderno OpiniãoPública.

Por isso, não se deve estranhar a frequência obtusa com que se chegam recados e orientações de espíritos que já se foram, e que, com ele, compactuaram do mesmo ideal. A morte não mata as afinidades de uma alma. Ninguém se santifica ou profana-se com a foiçada da caveira legendária, decepadora de espíritos. Somos o que somos, aqui e Lá, e continuaremos a ser o que estamos, caso não optemos pela mudança do pensamento e das atitudes. Contudo, nossa individualidade continuará a mesma. Não à toa, Alfredo Nasser, Pedro Ludovico, Humberto de Campos, Fábio Nasser e outros espíritos buscam Batista Custódio, por reconhecer nele o poderoso dínamo espalhador de ideias e sonhos que estão sepultados no coração das multidões que se fizeram um lacrimatório de dores nos tirocínios inconsequentes das corrupções, pequenas ou grandes.

Não cabe mais na Terra a dor que se oculta no peito das civilizações. Por isso, é natural que cabisbaixemos ensimesmados os nossos ânimos. Nenhum sonhador suporta por tanto tempo ver as crueldades dos abusos dos egoístas, ou o individualismo dos poderosos misantropos que se digladiam em ambiente público para defender aquilo que lhes é cômodo no privado.

Batista, como muitos de nós, brasileiros, deve estar de coração cansado. Seus 60 anos como comunicador já viram demais. E agora, escrevendo seu atual artigo que deve ser publicado em breve, confessou a este que vos fala estar redigindo seu texto com absoluta cautela, mas com passos firmes. Lapidando períodos e depois, comandado pela intuição, refazendo-os por completo. Uma verdadeira peça que precisará iluminar a mensagem com a cristalina reflexão dos criadores de obras-primas. Letra a letra, suor a suor à luz da Ciência, da Filosofia e do Amor à dimensão da coletividade.

FAC-SÍMILE DA MENSAGEM


fac

Na sua última missiva, Fábio Nasser vem reforçar o que ele mesmo disse na carta anterior e também o que disse o seu tio Alfredo Nasser, que foi ministro da Justiça no Brasil, ao jornalista Batista Custódio, dizendo da importância de seus textos. “Meu pai, abençoe-me. Peço desculpas pela insistência das palavras, mas nós dois sabemos que o momento exige cuidado e firmeza”.

Reconhecendo a delicadeza do momento para seu pai, o filho Fábio Nasser aconselha, carinhoso: “Venho pedir para que recupere o seu encanto pela vida e a fé pelas pessoas”. Preocupando meu coração, pois o próprio Batista ensinou-me várias vezes uma frase célebre: “não temo o avançar dos maus, mas o desestímulo dos bons”.

Fábio vem, então, pescar na consciência de seu genitor o futuro. “Esse mundo, meu pai, será um lugar de paz, amor, união, justiça e fraternidade”. Cenário que, se observarmos com os olhos imediatistas do agora, jamais conseguiremos pintar em nosso imaginário. Porém, com essas palavras, Fábio vem falar da imortalidade da alma, da vida futura, e que nem todo sonho pode caber em um só espaço de reencarnação, e que as grandes ideias da humanidade são famigeradas através dos séculos para, enfim, haver condições da árvore crescer. Por isso, observando a natureza da vida humana, Fábio acrescenta: “E natural para que isso ocorra, as pedras soltas precisam descer.”

E como filho amoroso, vem reafirmar ao coração de seu pai: “Por mais difíceis sejam os dias e as lutas, estaremos juntos, um ajudando o outro”, provando-nos que as almas continuam simpáticas e afetuosas umas às outras, mesmo em espectros e dimensões diferentes da vida, no corpo ou fora dele.

Respondendo uma pergunta que Batista Custódio fez, em meditação e prece, sobre estar sendo ajudado na condução do novo artigo que está em vias de ser finalizado, Fábio avisa: “O tio Alfredo conta com inúmeros amigos a ajudar nesse momento de transição”.

O filho vem novamente cobrar do pai, que navega seus oito decênios, a chama da vida, alertando-o gravemente: “Peço-lhe que não ceda ao desencanto.”

E falando de sonhador para sonhador, de idealista para idealista, Fábio recita: “Guarde o seu coração na poesia de um Reino futuro.”

Força meu pai. Lembre-se ainda mais de Jesus que chegou a dizer que “o filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mateus 8-20). As almas missionárias não têm direito a pausa neste planeta. Vieram para mudar. E só poderão descansar o espírito na consciência da grande tarefa realizada.

Deus continuará sendo o rachador de oceanos enquanto sua fé for este sacrário iluminado explodindo ardentemente em teu peito.

E Fábio, carinhoso, repete o mantra do filho que tanto ama o pai, encerrando docemente a carta: “Receba o abraço do seu, sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos”.

A MENSAGEM

“Meu pai, abençoe-me. Peço desculpas pela insistência das palavras, mas nós dois sabemos que o momento exige cuidado e firmeza. Venho pedir para que recupere o seu encanto pela vida e a fé pelas pessoas. Esse mundo, meu pai, será um lugar de paz, amor, união, justiça e fraternidade. E natural para que isso ocorra, as pedras soltas precisam descer. Por mais difíceis sejam os dias e as lutas, estaremos juntos, um ajudando o outro. O tio Alfredo conta com inúmeros amigos a ajudar nesse momento de transição. Peço-lhe que não ceda ao desencanto. Guarde o seu coração na poesia de um Reino futuro. Receba o abraço do seu, sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos”

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