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Trabalhos da Câmara iniciam com música clássica

Beto Silva,Da editoria de Cidades

A Câmara Municipal de Goiânia reiniciou seus trabalhos ontem de forma diferente: com música clássica. Proposição do vereador Djalma Araújo (SDD), que é também poeta e documentarista, o evento foi rápido por conta da necessidade da casa reiniciar seus polêmicos debates.

A Câmara Municipal tem acompanhado diversos temas de interesse da comunidade, caso da máfia dos combustíveis e a renovação da Planta de Valores.

Mas as crianças fizeram questão de levar a alta cultura para a casa de leis do município e iluminar o clima pesado e necessário das discussões. As crianças e adolescentes Aline Santos, Letícia Almeida e Júlia Marie interpretaram peças eruditas e populares.

Alunos de Lilian do Centro de Música tocaram no piano peças de gênios da civilização, caso de J.S. Bach e Robert Schumann. Tema de uma pesquisa de doutorado da Universidade de São Paulo (USP), a metodologia da professora Lilian Carneiro Mendonça envolve música com outras atividades cognitivas, caso da matemática, química e história.

Os alunos que se apresentaram são considerados alguns dos melhores do país em suas idades. Vencedores e classificados em competições como Souza Lima e Conservatório Cora Pavan, eles já realizaram concertos e workshops nos Estados Unidos e países da Ásia.

Durante a apresentação, o presidente da casa, vereador Anselmo Pereira, cobrou respeito e atenção dos políticos. Enquanto os músicos se apresentavam, muitos conversavam, sem prestar atenção no recital.

A pianista Lilian, por sua vez, acredita que é preciso levar cultura aos ambientes políticos, para, assim, fazer com que homens públicos sejam menos insensíveis para a arte. Para ela, a arte é um instrumento civilizador e que poderia barrar as práticas mundanas da corrupção e da politicagem, tão comuns na vida pública. A instrumentista Aline Santos lembrou que foi convida para tocar na Ásia, onde se apresentou para o rei Bhumibol Adulyadej, da Tailândia. As crianças notaram diferença entre tocar para os políticos de outros países e do Brasil. Para elas, falta interesse e sensibilidade no Brasil.

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