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Justiça determina que 4 policiais militares suspeitos de homicídio e fraude sejam afastados

Quatro policiais militares sobrecarregados nas Rondas Ostensivas Tática Metropolitana (Rotam), serão afastados do patrulhamento das ruas, após determinação da Justiça. Eles são suspeitos de homicídio e fraude processual. Segundo investigações, os milita

Quatro policiais militares sobrecarregados nas Rondas Ostensivas Tática Metropolitana (Rotam), serão afastados do patrulhamento das ruas, após determinação da Justiça. Eles são suspeitos de homicídio e fraude processual.

Segundo investigações, os militares intimidaram testemunhas e destruíram provas da morte de um homem, em março deste ano, em Goianira, Região Metropolitana de Goiânia. Esta situação motivou a decisão que determina que os militares se aproximem das testemunhas e parentes das vítimas e etreguem as armas utilizadas por eles.

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM) informou que a decisão já foi "devidamente cumprida". Os militares Charles Augusto Catem, David Dias Silva, José Lucas dos Santos Silva e Thiago Jeferson dos Reis Pereira foram afastados da atividade operacional e tiveram suas armas recolhidas. (Leia a íntegra ao final do texto).

A solicitação do afastamento foi feito pela Polícia Civil, que teve opinião favorável do Ministério Público. O caso em tese foi a morte de Vinícius Reis de Sousa, em 25 de março de 2020.

Segundo o relato da PM no boletim de ocorrência, após uma tentativa de homicídio em Goiânia, os envolvidos teriam fugido para Goianira. Ao tentarem fazer uma abordagem na região, o carro fugiu e foi perseguido. "Neste momento foram disparados tiros na direção dos policiais oriundos do interior do carro, chegando a alvejar a lataria da viatura", descreve o boletim.

Os militares, então, contestaram. Em seguida, o carro bateu em um poste e o passageiro fugiu correndo. Já o motorista foi atingido e morreu. De acordo com o registro, uma arma com numeração raspada e munição foram encontrados no veículo.

Decisão judicial de manter os militares afastados

A juíza Eugênia Bizerra de Oliveira Araújo permitiu que os policiais militares possam desenvolver funções administrativas.

Na decisão, ela aponta que os policiais "após cometerem o homicídio, promoveram intimidações contra testemunhas, destruição de provas e fraude processual, visando impossibilitar ou dificultar a apuração do crime".

Para ela, a decisão de manter os militares afastados é pertinente "uma vez que os supostos crimes são graves e a permanência dos mesmos nas atividades pode gerar insegurança jurídica e temor às testemunhas e familiares da vítima".

Nota da PM:

A Polícia Militar do Estado de Goiás esclarece que:

Em relação à decisão judicial que pede o afastamento de quatro policiais do Batalhão de ROTAM, esta já foi devidamente cumprida, onde os policiais foram afastados da atividade operacional e suas armas recolhidas, bem como informado ao Judiciário do cumprimento das determinações.

Destacamos que a Polícia Militar do Estado de Goiás tem por conduta o cumprimento de todas as determinações emanadas das autoridades competentes, não colocando obstáculos em cumpri-los, cabendo discussões apenas no campo jurídico.

Quartel do Comando Geral, em Goiânia 22 de junho de 2020.

Allan Pereira Cardoso-Tenente Coronel PM

Assessor de Comunicação Social da PMGO

*Com informações do G1