A jovem Nicole Maria Ferreira Costa, de 20 anos, foi denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por ter matado o namorado dela com um golpe de agulha de narguilé após uma briga por pastel de feira, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A promotoria denunciou ela por homicídio duplamente qualificado, em razão de motivo fútil e por ter impossibilitado a defesa da vítima.
Segundo a Polícia Civil, Nicole já havia confessado autoria na morte do namorado, Adailton Gomes Abreu, de 24 anos. Ela responde pelo crime em liberdade.
O caso aconteceu no dia 18 de setembro, na casa onde ela morava, no Residencial Village Garavelo. Na ocasião, a jovem havia saído com o namorado e duas irmãs dele para comer numa feira, conforme relatou o promotor de Justiça Milton Marcolino.
No local, o casal se desentendeu sobre o que iriam comer e essa briga continuou quando chegaram à casa da jovem. Segundo a denúncia, na residência Nicole atingiu o namorado no coração usando a agulha de narguilé, sendo que Adailton não teve nenhuma chance de defesa.
O inquérito do caso foi concluído em 24 de novembro do ano passado, mas o Ministério Público ainda solicitou o depoimento das irmãs do jovem morto, que foram ouvidas pelo delegado na última quinta-feira (22). Apesar das duas estarem no local no momento do crime, elas ficaram do lado de fora da casa e o relato delas não mudou a conclusão policial.
O Tribunal de Justiça informou na tarde desta quarta-feira (28) que o magistrado deve analisar em breve o recebimento da denúncia.
Investigação
Segundo as investigações, Adailton sofreu uma perfuração no coração após ser atingido pela agulha de narguilé. O delegado responsável pela investigação, Eduardo Rodovalho, disse ao G1, que a vítima morreu pouco tempo após o golpe.
Em depoimento a jovem disse que o namorado havia ido para cima dela com um narguilé quebrado e, para se defender, acabou o atingindo com a agulha. Nicole relatou ainda que ficou desesperada na hora, pois não esperava que ele morresse.
Apesar das alegações da jovem, a polícia não identificou lesões nela no dia do crime que justificassem a legítima defesa. No entanto, de acordo com o delegado, na época do crime, ela não foi presa por entender que não havia os requisitos determinados pela lei, pois ela se apresentou após o homicídio e estava colaborando com as investigações.
A polícia descartou a presença de outra pessoa dentro da casa e a participação de mais alguém no crime.
*Com informações do G1.
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