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Mãe de criança que sofreu lesões no intestino é indiciada por tortura, em Goiânia

A mãe de uma menina de apenas 2 anos que foi levada a um hospital de Goiânia sem duas unhas e ferimento pelo corpo, onde precisou retirar 40% do intestino, foi indiciada pela Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (21), pelo crime de tortura.Segundo

A mãe de uma menina de apenas 2 anos que foi levada a um hospital de Goiânia sem duas unhas e ferimento pelo corpo, onde precisou retirar 40% do intestino, foi indiciada pela Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (21), pelo crime de tortura.

Segundo informações da delegada Marcella Orçai, a mulher de 25 anos que está grávida, cometeu várias agressões contra a própria filha, onde levou a menina precisar retirar parte do intestino porque levou pancadas na barriga.

''A perícia afirmou que o trauma no órgão foi causado por uma contusão, ou seja, um chute ou soco, uma batida mais forte, que rompeu as veias da barriga da criança. Há indícios de que foi essa própria mãe que também tirou essas unhas da menina'', disse a delegada.

Em depoimento, de acordo com a delegada, a mulher negou qualquer tipo de tortura com a filha e disse que apenas corrigia a filha quando se recusava a comer.

Ainda conforme a delegada, a versão apresentada pela mãe não condiz com os resultados dos laudos feitos pela perícia na criança. Segundo a investigadora, ao longo das investigações testemunhas foram ouvidas e elas também afirmaram que a mulher tinha um comportamento agressivo com a filha.

''Nós vimos lesões de assinatura, que são lesões onde, apenas olhando, você consegue detectar o instrumento usado na agressão. Nesse caso, o resultado é que as lesões nessa criança foram causadas por vassouras ou pedaço de bambu, e não apenas uma simples correção, como ela contou'', ressaltou a delegada.

Internação

A criança ficou internada em um hospital de Goiânia entre os dias 10 e 16 de maio. Na ocasião, ela foi levada pelo padrasto e a mãe, que, ao chegarem no hospital, disseram que a menina tinha caído de bicicleta.

De imediato, os médicos logo perceberam e constataram que a vítima apresentava lesões que haviam sido provocadas há mais de uma semana, ou seja, não tinham sido causadas por um pequeno acidente.

Durante as investigações, o Conselho Tutelar, que também acompanhou o caso, proibiu a mãe e o padrasto a se aproximar da criança. O homem chegou a ser considerado uns dos suspeitos das agressões. Porém, segunda a delegada, ele não tem relação com o crime.

''A princípio, verificou a possibilidade de um ou dois autores, até que nós ouvimos um profissional de saúde, que teve contato com a menina, e ela narrou que a mãe foi autora das lesões. O padrasto, inclusive, ajudou nas investigações'', disse a delegada.

Diante todas as provas colhidas pela polícia, a mulher foi indiciada pelo crime de tortura qualificado e por lesão grave, e a pena varia de 4 a 10 anos de prisão, caso seja condenada. Devido não ter tido flagrante, até a manhã desta sexta-feira (21), a mulher não havia sido presa.

Já a criança, está sob os cuidados da avó materna.