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Médica que vendeu atestados para pessoas se vacinarem é investigada

Uma médica está sendo investigada pelo Polícia Civil de Catalão, no sudeste de Goiás, por suspeita de que ela tenha vendido atestados de comorbidades para pessoas se vacinarem contra a Covid-19 na cidade. Segundo a polícia, são investigados 1,1 mil ates

Uma médica está sendo investigada pelo Polícia Civil de Catalão, no sudeste de Goiás, por suspeita de que ela tenha vendido atestados de comorbidades para pessoas se vacinarem contra a Covid-19 na cidade. Segundo a polícia, são investigados 1,1 mil atestados de comorbidades assinados por ela.

Na quarta-feira (23), a Polícia Civil conversou com pessoas que apresentavam documento assinado pela infectologista e 15 confirmaram terem comprado os laudos.

Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Fernando Maciel contou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade desconfiou do fato de que entre 5,8 mil atestados 1,1 foram assinados pela mesma médica. Além disso, a maioria das pessoas eram jovens e os laudos atestavam que o suposto paciente tinha asma.

As pessoas relataram à polícia que pagaram diferentes valores pelo atestado, variando entre R$ 70 e R$ 250. Também contaram que não passaram se quer por uma entrevista com a profissional.

“Nós fomos abordar pessoas no local de vacinação contra Covid-19 para colher informações e elas foram convidadas a virem à delegacia. Algumas foram até acompanhadas de advogados e 15 confessaram que compraram os laudos sem ter se consultado com a médica”, contou o delegado.

O caso ainda está sendo investigado. Segundo Maciel, o objetivo agora é identificar se a própria médica é responsável por vender esses atestados assinados ou se há um falsário se passando por ela. A médica ainda deve prestar depoimento.

Caso as apurações concluírem que a médica é responsável pela venda dos atestados, ela deve responder por falsidade ideológica. Se for comprovado que um falsário estava atuando como se fosse a profissional, essa pessoa deve responder por falsificação de documentos.

A pena pelos crimes citados é de até 5 anos de prisão. No caso das pessoas que compraram o documento, elas podem ser indiciadas por falsidade ideológica.

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