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Isaura Lemos ressalta 93 anos do PCdoB

O PCdoB completou, quarta-feira (25), 93 anos de política brasileira e 30 de legalidade. O partido foi fundado, em 25 de março de 1922, por trabalhadores e intelectuais com o objetivo de aprofundar a participação popular e garantir direitos sociais à sociedade brasileira, cujas bandeiras permanecem no campo ideológico e programático da legenda. Em Goiás, a legenda é presidida pela deputada estadual Isaura Lemos e o comitê municipal de Goiânia do PCdoB é presidido pelo advogado Bruno Pena.

A deputada disse que, no decorrer dos 30 anos, uma das maiores conquistas do partido foi a democracia e relembrou a perseguição que a legenda sofreu durante o regime militar. “Tivemos uma história de luta e presente em todos os grandes acontecimentos nesses anos. Se tornou experiente e é um partido referência ao estar analisando a realidade de uma forma mais próxima das aspirações do povo”.

Isaura Lemos destaca que o PCdoB luta pelas mudanças necessárias e os desafios, mas também reflete e analisa a necessidade de transformações no futuro. A presidente estadual destaca que a sigla entende que o comunismo é um sistema econômico que está distante da realidade, porém passos devem ser tomados para a concretização dessa etapa. Isaura Lemos afirma que o partido tem um projeto apresentado à sociedade sobre o desenvolvimento nacional e que coloca a independência do Brasil e a necessidade das reformas estruturantes.

A deputada salienta que a reforma política está inclusa nos anseios da sigla, como meio de aprofundar o regime democrático, além de considerar a importância do País em ter uma postura soberana na política externa mundial. “Temos uma visão de que o Brasil precisa de desenvolvimento para a tecnologia aplicada à produção e que precisa valorizar e investir na infraestrutura, educação e saúde e fazer as reformas ainda no capitalismo”.

Isaura Lemos diz que o partido não é lunático, pois não impõe que um novo sistema seja aplicado “em um passe de mágica”. A presidente acrescenta que o PCdoB quer um novo sistema por entender que o capitalismo é perverso e que concentra as riquezas e que não se interessa pela maioria da população. “Entendemos que pensar nas tendências futuras é um novo sistema que é o socialismo, que antecede o comunismo”.

Após nove décadas, a deputada afirma que é possível ainda debater as ideias do sistema comunista com a população para que haja a concretização do projeto nacional de desenvolvimento, plano que já foi apresentado a presidente Dilma Rousseff (PT), que, segundo a deputada, é uma pessoa que fez a trajetória similar ao que é idealizado.

Referente a reforma política, a presidente estadual acredita que o principal ponto é a defesa do financiamento público de campanha por considerar que uma das causas da corrupção é a interferência de empresas nesse processo político. A questão da coligação proporcional o PCdoB é favor de manter por entender que os pequenos e médios partidos terão dificuldades de eleger seus candidatos. “Ao invés dessa reforma servir para ampliar a democracia e corrigir essa situação que propicia a corrupção pelo financiamento de empresa, nós podemos ter um retrocesso”. Outro ponto defendido é a paridade de gênero.

Isaura Lemos pondera que o partido tem saudado o desenvolvimento do Estado de Goiás, acima da média nacional, principalmente pelo apoio que vem recebendo do governo federal.  “Somos agradecidos ao governo federal e achamos correta a posição republicana da presidente Dilma, que, mesmo sendo de partido de oposição ao seu governo, ela não discriminou o Estado de Goiás”.

O presidente do comitê municipal do PCdoB , Bruno Pena, acrescenta que a história do PCdoB se mistura com a história do próprio País. “O partido foi o termômetro da democracia. Sempre que se atentou sobre a democracia no Brasil o primeiro a cair foi o partido comunista”. Bruno Pena lembra que a legenda lutou por bandeiras importantes entre o voto feminino, a liberdade de culto no Brasil que existe devido a uma emenda de um deputado comunista, o sufrágio universal, o voto dos analfabetos e a defesa do pré-sal.

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