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Militar não comparece em audiência pública Grupo de trabalho investiga morte de Ismael Silva de Jesus

Renato Dias,Da editoria de Política&Justiça

O militar Rubens Robine Bizerril, convidado pela Comissão Estadual da Verdade (CEV-Goiás), nomeado por decreto do governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, e presidida pelo secretário de Segurança Pública, Joaquim Mêsquita, não compareceu, quarta-feira (25), à audiência programada pelo Grupo de Trabalho de Mortos e Desaparecidos de Goiás, para prestar esclarecimentos sobre a morte, em 9 de agosto de 1972, nas dependências do 10º BC, do estudante secundarista e ex-funcionário do jornal semanário Cinco de Março, Ismael Silva de Jesus.

A versão oficial do Exército foi de suicídio. A Comissão vai marcar nova data para depoimento de Rubens Robine.

Paulo Silva de Jesus, irmão da vítima, atual presidente do PSDB em Goiás e auxiliar no governo do Estado, lembra que o corpo dele teria sido entregue à família em um caixão lacrado, com ordem expressa para que não fosse aberto.

Apesar disso, o caixão foi aberto e a família constatou que um de seus olhos estava furado, as unhas encontravam-se machucadas e haviam marcas e escoriações de torturas espalhadas por seu corpo, relata.

O último militante a vê-lo com vida, João Silva Neto denuncia as agressões a que Ismael Silva de Jesus, membro do Partido Comunista Brasileiro e de apenas 18 anos de idade, chegou a ser submetido.

O Grupo de Trabalho (GTM&D) de Mortos e Desaparecidos da CEV é coordenado por Pedro Célio Alves Borges, cientista político da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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