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Peregrinação em Bauzinho

Johny Cândido, Da editoria DMRevista

A Sexta-feira da Paixão será comemorada este ano no dia 3 de abril, já a Páscoa no dia 5. Ambas as datas são para a maioria dos brasileiros um período cristão que celebra a ressurreição de Cristo. Na próxima sexta-feira acontece na comunidade rural do Bauzinho que fica a aproximadamente 19 quilômetros da cidade de Pires do Rio, a Sexta-Feira da Paixão do Senhor. O local fica entre Pires do Rio e Orizona, na GO-330, no KM146.

Bauzinho é palco há mais de 100 anos de uma peregrinação com centenas de pessoas de diversas partes do pais, esses devotos caminham de uma “igrejinha rural”, com o nome de Capela Nossa Senhora das Dores, até a casa de um antigo morador da região conhecido como Benedito Criolo, que começa as 13h. Além de participarem das celebrações como, a reza dos terços que começa as 07h e vai até as 12h de hora em hora, a Leitura da Paixão as 12h e depois da procissão acontece mais terço cantado.

Benedito Criolo era muito amigo de Francisco de Paula, mais conhecido como Chico Criolo, que já é falecido. Chico foi quem fundou a Igreja Nossa Senhora da Dores, pois ele trocou um carro de boi e 20 “cabeças” de gado em troca da terra, onde hoje fica a igreja, mas na época o templo foi erguido em pau a pique.

Tradição Pascoal de Pires do Rio O sacerdote franciscano e pároco Frei Wanderley Carvalho do Couto, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Pires do Rio, contou que a tradição pascoal em Pires do Rio começou com a própria cidade na década de 20, do século passado. Pois em todas as paróquias são realizados celebrações fazendo a memória da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Para a população de Pires do Rio nesses eventos o sentimento de devoção transborda no coração. Muitos são tocados pelo que ouvem e veem. Significa mais uma oportunidade de olhar com fé para Jesus Cristo levantado na cruz e crendo Nele experimente a salvação que Ele traz para toda a humanidade.

Após toda essa comunhão, se cria a disposição para continuar caminhando como povo de Deus rumo ao céu. Não é teatro, representação mas experiência do amor de Deus no único e eterno sacrifício para o perdão dos pecados de todos. Os que se abrem fazem esta experiência sempre atualizada.

O frei falou da programação que antecede o domingo de Páscoa, “A semana santa começa com o Domingo de Ramos e da Paixão. Os fiéis levam ramos nas mãos e caminham em procissão para uma igreja fazendo memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumento fora acolhido como rei e filho de Davi. Na missa se proclama o evangelho da Paixão de Jesus Cristo iniciando as solenidades da semana santa. Na quarta-feira santa fazemos a procissão do encontro: os homens saem da igreja São José levando a imagem do Senhor dos Passos, as mulheres da Igreja Aparecida, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. O encontro se dá na praça da matriz e se encerra com uma pregação, normalmente uma mulher prega sobre a dor da mãe. Na quinta-feira santa celebra-se a missa da ceia do Senhor e Lava pés. Representa-se na missa o gesto de lavar os pés de 12 pessoas e se liga à Campanha da Fraternidade que neste ano despertou para o chamado à Igreja para estar no mundo como servidora. Na sexta feira da Paixão temos um dia de jejum e abstinência de carne e tempo de silêncio e adoração. Muitos fiéis caminham para a Igreja rural do Bauzinho, dedicada a Nossa Senhora das Dores e ali realizam orações e procissão, uma tradição mais antiga que a cidade de Pires do Rio. Às 15 horas desse dia celebra-se a Paixão do Senhor nas igrejas com a veneração da cruz. E à noite na cidade faz-se a procissão do Senhor morto com a Via-sacra saindo da igreja S. João até a matriz. No sábado santo à noite celebra-se a vigília pascal nas Igrejas, com a bênção do fogo novo e da água, símbolo do Cristo ressuscitado que ilumina as trevas do mundo e da nossa vida. Todas as celebrações visam por nós em contato com a obra redentora de Jesus Cristo e que a salvação se atualize na vida dos fiéis, dos que participam regularmente e dos que são afastados”, detalha Wanderley.

10 Curiosidades sobre a história da Páscoa que você não sabia!

Por trás dessa celebração, há algumas questões desconhecidas: Qual é a verdadeira história da Páscoa? Por que presenteamos entes queridos com ovos de chocolate? Por que o coelho é o símbolo da data? A Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB) listou as 10 principais curiosidades que vão surpreender todos os brasileiros:

  • O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia, que ocorre neste dia ou depois de 21 de março.
  • Antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava apenas o fim do Inverno e a chegada da Primavera no Hemisfério Norte.
  • Antes, os ovos de Páscoa não eram de chocolate e sim de galinha, que na tradição eram tingidos e pintados com cores da Primavera para presentear os amigos. A tradição de dar ovos decorados como presente começou na China, nas festas de Primavera, e era uma comemoração para celebrar a vida e os encontros. Isto porque durante o Inverno rigoroso, as pessoas ficavam resguardadas em casa, assim como os animais que precisavam hibernar nesta época para se proteger do frio intenso. Quando a Primavera chegava todos podiam “sair de casa” e reencontrar seus familiares e amigos.
  • Depois da China, foi a vez da África e dos Países Eslavos darem continuidade à tradição dos ovos pintados. Na Alemanha e na Polônia, estas relíquias caseiras ainda podem ser encontradas nas lojas.
  • A lenda mais tradicional diz que o Coelhinho da Páscoa foi trazido à América por imigrantes alemães em meados de 1.700. Segundo eles, o animal visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam que encontrar na manhã de Páscoa.
  • Porém, há outra lenda que diz que a simbologia do Coelho de Páscoa estaria na fertilidade que eles possuem, porque geram grandes ninhadas. Além disso, o animal representaria a renovação de uma vida que traz boas novas, além de dias melhores.
  • No século XIX, com o advento da indústria do chocolate, os ovos pintados à mão foram substituídos pelos ovos de chocolate.
  • Em muitos países da Europa, até hoje, existe a crença de que comer ovos de chocolate no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o ano.
  • Em outros lugares do mundo acredita-se que colocar na mesa um ovo de galinha, na Sexta-feira Santa, afasta doenças.
  • As famosas parreiras de Páscoa – que servem para pendurar os ovos de chocolate – apareceram em 1956 e são uma forma de exposição exclusiva do Brasil. Elas chegaram junto como os primeiros supermercados e lojas de departamento por conta da falta de espaço que existia nos pontos de venda naquela época e para que os ovos de Páscoa tivessem mais destaque para o consumidor.


CAPA - Programação de Pires do Rio

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