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Aflag em festa: Beth Fleury lança o livro Rosarita Fleury, Minha Mãe

Sábado o dia amanheceu esplêndido. A claridade brilhante do sol realçava o verde das plantas. Os pássaros voavam cantando alegremente, enquanto as borboletas circulavam em volta das flores. Quantas belezas nossa terra tem a nos oferecer. Por isso, é importante que fatos acontecidos nesse panorama fiquem registrados para a posteridade.

A manhã de onze de abril foi verdadeiramente especial. A Academia Feminina de Letras e Artes abriu as portas aos convidados dos meios literários, artísticos, musicais, amigos da casa e familiares de Maria Elizabeth Fleury Teixeira para a cerimônia de lançamento do seu livro Rosarita Fleury, Minha Mãe.

Elizabeth ocupa, na Aflag, a cadeira número 21, cuja patrona é uma das fundadoras da entidade, Rosarita Fleury, sua mãe. A escritora deixou um acervo relevante contendo romances, contos, crônicas e poemas. Mente aguçada, adquiriu experiências na época em que acompanhou seu marido, o engenheiro Jerônimo Augusto Curado Fleury nos diversos lugares onde habitaram, acumulando subsídios que serviram mais tarde de inspiração às suas obras.

Em Corumbá, no estado de Mato Grosso, pesquisou sobre acontecimentos históricos da região, embrenhou-se na leitura de livros a respeito da Guerra do Paraguai, conversou com pessoas que viveram momentos significativos no contexto regional, ouviu atentamente histórias interessantes, as quais registrou nas suas anotações particulares para posteriormente publicar Sombras em Marcha, resultado de um trabalho cuidadoso, detalhado e meticuloso, fonte elucidativa de fatos inusitados.

Na cidade de Araguari, onde o marido exerceu o cargo de engenheiro da Estrada de Ferro Goiás, voltou-se para temas familiares, aproveitando relatos antigos feitos por seus pais, avós, tios, tias e personagens com os quais conviveu. Nessa cidade mineira, publicou a primeira edição de Elos da Mesma Corrente, romance que lhe proporcionou o prêmio Júlia Lopes de Almeida, da Academia Brasileira de Letras, em 1959, RJ (2ª edição).

Seus registros literários foram feitos no período em que os filhos estavam na escola ou durante infindáveis noites de vigília. Porém, eram momentos prazerosos. Tudo começou como um passatempo, depois se transformou em um hábito; a vontade de escrever e produzir era forte o bastante para se transformar em quase uma obsessão. Tornou-se amiga inseparável da sua máquina       Remington.

Quando faleceu, em 1993, deixou vários manuscritos inacabados de extremo valor. Maria Elizabeth sentiu a responsabilidade de terminar a obra de sua mãe. Conhecedora do histórico legado, pois desde criança estava sempre ao lado de Rosarita, figura marcante em sua vida, empenhou-se em escrever esse belíssimo livro que tem origem em Vila Boa, relata a fundação de Goiânia e chega até os nossos dias.

Rosarita Fleury, Minha Mãe é um importante documentário dos costumes de uma época, editado com carinho e emoção pela acadêmica Maria Elizabeth. Trata-se de uma obra inédita, pois a parte original da ilustre dama da literatura goiana é apresentada em letras azuis, enquanto a autora utilizou a cor negra para distinguir a sua parte nessa obra escrita a quatro mãos. Assim, ambas as linguagens foram se intercalando, resultando em uma obra literária extraordinária.

Maria Elizabeth enriqueceu o livro com fotografias que contribuíram para revelar momentos importantes da história de Goiás. O prefácio do Dr. Hélio Moreira sintetiza o conteúdo do livro, ressalta os momentos de emoção vividos pela autora ao lado da mãe e, ao mesmo tempo, aguça a curiosidade dos leitores, introduzindo-os ao desenrolar da história.

Enquanto Beth autografava seus livros na sala de recepção Maria Augusta Fleury Curado (Nita), feliz e vestida de vermelho, no salão Célia Coutinho Seixo de Britto, o piano era dedilhado pelos bacharelandos da UFG, Daniel Ludovico e Francisco Janderson. A música era suave, o que permitia as pessoas apreciarem a beleza do seleto repertório e trocarem ideias entre si, ao mesmo tempo em que um coquetel era servido. A performance dos artistas deu um toque elegante ao ambiente.

Na sala Regina Lacerda, uma exposição de arte sacra proporcionava uma atmosfera sublime, encantando a todos os presentes. A escultora Lúcia Albuquerque, de Brasília, utiliza em suas obras material reciclado, incluindo vidro envelhecido e trabalhado, conseguindo efeitos extraordinários. Destaque especial a Nossa Senhora da Rosa Mística.

Então, nós, acadêmicas da Aflag, nos sentimos prestigiadas com o lançamento desse livro que envolve duas confreiras da Casa de Rosarita, mãe e filha.

Parabéns, cara presidente Maria Elizabeth Fleury Teixeira!

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Notas

1 - No dia 24 deste, às 8:45 h, nossa confreira e piauiense Lena Castello Branco Ferreira de Freitas recebeu o título de Cidadã Goiana, mediante propositura do deputado estadual Lincoln Tejota. A solenidade aconteceu na Assembleia Legislativa de Goiás, no plenário Getulino Artiaga Lima.

2 - Recentemente faleceu a confreira, musicista e patrona da cadeira nº 29 Mirza Perotto, cuja missa de 7º dia foi celebrada no dia 22 deste, às 19:00 h, na Paróquia São José, Praça do Cruzeiro, Setor Sul. A Aflag ainda está consternada com tão significativa perda.

3 - A Aflag se fez representar no lançamento exitoso da revista goiana Raízes, no Shopping Bougainville, dia 24 próximo passado.

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