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O presidente estadual do PT, Ceser Donisete, foi claro: o seu partido não vai aliar-se ao DEM de Ronaldo Caiado em nenhum dos 246 municípios goianos na disputa pelas prefeituras, em 2016. "É a história do escorpião e do sapo, nós não queremos ser picados pelo escorpião", explica o petista. "O cidadão quer te matar, quer te destruir, então você não pode andar ao lado dele. Nós não queremos a destruição deles não, queremos que eles continuem firmes e fortes para fortalecer a democracia brasileira, mas esse não é o pensamento deles e não dá para trabalhar com gente assim."
O presidente do PT goiano diz que o seu partido não quer caminhar com o DEM "e nem o DEM deseja caminhar com o nosso partido." E acrescenta: "Isso não é arrogância, nem nada. É que não dá pra trabalhar com quem quer te extinguir. Uma coisa é um adversário, é quem quer ganhar na disputa eleitoral, no jogo limpo e democrático. Outra coisa é o que eles desejam, ou seja o fim do PT. Antidemocrática essa posição do DEM", ressalta o dirigente petista.
Em entrevista ao site Diário de Goiás, Ceser Donisete ressalta que, em todas as vezes que o DEM lança campanha pela "extinção do PT", mudaram de nome. "Eles eram PDS, aí viraram PFL. Fizeram uma campanha ainda maior e o que aconteceu? Mudaram de nome de novo. Agora, eles estão em vias de mudar de nome de novo."
O dirigente reafirma que não haverá acordo entre o PT e o DEM em Goiás: apesar do respeito pelo partido, eu quero vencê-lo. Mas como não existe esse respeito conosco, não faremos uma aliança com quem não nos respeita. Não estaremos em nenhuma aliança em que o DEM estiver.
O distanciamento do PT com o DEM ocorre há várias eleições, por deliberação da direção nacional do partido. "Os dois partidos têm projetos distintos e não cabe qualquer aliança, em nenhum dos níveis da administração federal, estadual e municipal". Segundo ele, o PT prepara-se para promover ampla aliança com as legendas que integram a base de apoio ao governo Dilma. "O DEM está fora do leque de alianças do PT".
Goiânia
Ceser Donisete sustenta que, em Goiânia, maior colégio eleitoral do Estado, a prioridade do PT é manter coligação com o PMDB, a exemplo do que ocorreu nas duas últimas eleições. "Conseguimos uma aliança produtiva e eficaz com o PMDB na Capital. Natural, portanto, que essa aliança tenha continuidade."
Para o dirigente, em junho do ano que vem, em convenções, o PT e o PMDB devem examinar a chapa majoritária, ou seja, os nomes que devem concorrer a prefeito e vice-prefeito, obedecendo, principalmente, o critério da "competitividade eleitoral."
O presidente do PT revela que, em Goiânia, as articulações para a formatação de alianças com outras legendas serão feitas pelo prefeito Paulo Garcia, deputado federal Rubens Otoni, deputados estaduais Luis Cesar Bueno, Adriana Accorsi e Humberto Aidar, vereador Carlos Soares e pelo secretário Osmar Magalhães.
