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Faeg defende prioridades de investimentos para Celg

Da Assessoria

A necessidade de elaborar uma espécie de plano para elencar as prioridades de investimentos para a Celg, depois de sua desestatização, foi um dos muitos temas que estavam na ponta da língua do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner. Ele esteve na Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), onde se reuniriam com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu. Por motivos de saúde, a goiana de nascimento não pode comparecer à Capital, mas Schreiner fez questão de ouvir alguns produtores e conversar com Perillo, que se comprometeu a ajudar no que for necessário. Entre tantos pontos, José Mário falou ainda sobre o imbróglio que envolve a Área de Preservação Ambiental (APA) do Pouso Alto e a urgência de se reavaliar o atual modelo de seguro rural.

Além de José Mário, que também é presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), estiveram presentes o superintendente executivo de Agricultura, Antônio Flávio de Lima, e os presidentes, da SGPA, Hugo Goldfeld; da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Arthur Toledo; da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Pedro Arraes e da Aprosoja Goiás, Bartolomeu Braz. A crise energética foi apontada como um dos maiores problemas dos produtores goianos atualmente. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação, José Eliton Júnior chegou a criticar fortemente a política tarifária do governo.

José Mário argumentou junto ao Marconi que entende e até apoia que as obrigações sejam repassadas à iniciativa privada quando o Estado não consegue oferecer um serviço de qualidade, mas que no caso da Celg. “Goiás precisa inserir no processo uma lista de prioridades de investimentos em locais estratégicos”. Vale lembrar que há dias atrás, o presidente da Celg Distribuição, Sinval Zaidan Gama, chegou a reconhecer que está com dificuldades por causa do “endividamento muito grande” da empresa, mas afirmou que os acionistas estão buscando soluções para equilibrar as contas, mesmo sem a desestatização.

Demandas

O encontro com Kátia aconteceria na 70ª Exposição Agropecuária de Goiânia, de onde o governador Marconi Perillo despachou durante todo o sábado (16). Ele aproveitou e recebeu as autoridades presentes, a portas fechadas, para ouvir as principais demandas do setor. Representando a ministra, o superintendente federal da Agricultura em Goiás, Francisco Carlos de Assis agradeceu a confiança das entidades e disse esperar que “um trabalho conjunto seja a marca registrada do setor agropecuário no Brasil”.

Durante encontro com Marconi, o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, solicitou a criação de um batalhão de patrulhamento rural com “corpo e formato específicos”. Schreiner sugeriu ainda que a nova equipe seja vinculada ao Batalhão Rodoviário Estadual, mas deixou clara a necessidade de investimentos em pessoal e estrutura. O presidente da SGPA, Hugo Goldfeld, disponibilizou parte da área da entidade para que o patrulhamento se instale. De imediato, o governador intermediou uma reunião entre José Mário e o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita – que deve ocorrer ainda essa semana.

Schreiner também citou o imbróglio que rodeia a aprovação do Plano de Manejo da APA do Pouso Alto – documento obrigatório que regulariza o uso do solo e dos recursos naturais e que vai determinar o que pode e o que não pode ser feito dentro dos 872 mil hectares que constituem a área, formada por seis municípios. Marconi disse que vai solicitar ao secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Vilmar Rocha, para que trabalhe com mais empenho para resolver o impasse.

Por último, José Mário pediu que o governo analisasse a atual situação de algumas rodovias que cortam o Estado e definem como será o escoamento da produção. “É muito importante lembrar aqui que as obras realizadas nos últimos quatro anos foram essenciais para o desenvolvimento incrível da agropecuária goiana, mas precisamos de mais. Sabemos que o Brasil passa uma crise econômica ferrenha e que Goiás não é uma ilha. Não estou aqui pedindo milagres, mas algumas dessas estradas que já foram pavimentadas ainda têm trechos ruins”, explicou. Schreiner ficou de enviar um levantamento feito pela Faeg, no qual a entidade aponta trechos que precisam de melhorias. Em contrapartida, Marconi se comprometeu a falar com o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, para que um encontro seja marcado o mais rápido possível.

Política agrícola e alta de juros

Além de energia, segurança e meio ambiente, José Mário explicou que tem tratado diuturnamente dos assuntos inerentes ao setor agropecuário, “principalmente ao que diz respeito a uma política agrícola eficiente que tenha como seu pilar principal o seguro agrícola”. “Nós temos discutido, junto à SGPA e todas as entidades, a necessidade de uma reformulação do atual modelo do seguro”.

A possível alta dos juros também foi bastante criticada pelos representantes de segmentos do agro. Para o presidente da Aprosoja Goiás e vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz, o aumento pode prejudicar o produtor mais que o esperado, pois virá casado com a elevação do custo de produção, devido à alta do dólar. Na tarde de ontem, Schreiner participou de uma reunião no Mapa, em Brasília, para tratar desses e de outros temas, como o crédito para nova safra, recursos disponíveis para a construção de novos armazéns, entre outros assuntos.

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