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Comédia caipira de Caiapônia chega à Capital

Walacy Neto,Especial para DMRevista

“Sou Hugo. Hugo Caiapônia. Caiapônia é minha cidade, fundada pelo meu avô. Criei o personagem Imbilino, em 2004, e também fundei a Gigante Filmes”. O comediante Hugo Caiapônia retrata o sertanejo, do interior de Goiás mesmo, mas não no Teatro, como a maioria. Ele acredita na piada interpretada dentro da tela grande do cinema. Faz isso há muito tempo e já tem cinco filmes gravados. O sexto, chamado Uma Linda Assombração está finalizado, diz Hugo, e deve ser lançado até o dia 15 de julho deste ano.

A produção dos filmes e boa parte do que se é visto nos cinemas é feito pelo próprio Hugo. “Fiz os trejeitos, criei a voz e pronto. Estava tudo arrumado para as filmagens”, diz. Logo que filmaram os primeiros trechos, boa parte do público foi receptivo e as risadas surgiram naturalmente. O Bicho de Pé, primeiro filme, não foi lançado em DVD. Hugo fala da pirataria e como se torna difícil trabalhar com gravações atualmente. As verbas, portanto, vem da reprodução dos filmes nas cidades do interior de Goiás. O preço acessível (R$ 10 a inteira) permite que os ginásios, teatros e salas de cinema por onde passa tenham sempre casa cheia. Hugo diz, com orgulho, que já rodou seus filmes em mais de 100 cidades do Estado.

“A princípio, a minha ideia era fazer piadas interpretadas. Eu fiz um CD de piadas e não achei muito legal, pois a piada contada não vinha com essa interpretação, sendo que o que acho legal da piada é justamente isso”, diz Hugo sobre o início da carreira no cinema. Dois anos depois, ele foi atrás de um primo, Haroldo de Andrade Filho, que havia participado das gravações de um filme no Rio de Janeiro de autoria do Iberê Cavalcanti. A ideia era fazer um filme, mas Hugo tinha pouca noção referente à arte. “Acho que eu seria muito ousado em dizer que queria fazer um filme assim, logo de cara”, afirma.

Apesar de não entender nada de filmes no começo, como afirma, o comediante seguiu com as produções. No ano de 2007, lançou o A Lua e o Dente que é construído por cima de uma situação simples: as dificuldades de se arrancar um dente. A Lua e Dente fala da história de um indivíduo com dor de dente. Aí ele tenta arrancar dos jeitos mais primitivos e não consegue. Construo a história a partir disso e o bom é que a pessoa se identifica com isso, pois são histórias reais”, explica Hugo.

Mazzaropi

Tem uma semelhante, ao menos vejo um pouco disso, porém Hugo fala que as referências são um pouco além do sertanejo. “Todos os nossos filmes são de comédia caipira, daí começaram a me chamar de Mazzaropi do Cerrado por esta semelhança que de tema. Concordo em partes, mas acho que as comédias do Imbilino tem muita semelhança com o seriado Chaves”, afirma. Hugo explica que a semelhança com o seriado infantil se dá na construção da trama: o personagem Imbilino está sempre cercado de vizinhos e amigos, assim como acontece no Chaves.

Nessa semana, o filme Imbilino 5: O Bicho de Pé será reproduzido no Cine Goiânia Ouro, a partir das 20h, e com a presença do ator. Os dias de apresentação são 10, 11,13 e 14 e a entrada custa R$ 5 a meia e R$ 10 a inteira. Vale a pena (r)ir.

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