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Cerca de 12 famílias são desapropriadas de área de preservação ambiental, em Aparecida de Goiânia

Elas alegam que ganharam o terreno para morar, há mais de 20 anos

 

Cerca de 12 famílias estão sendo desapropriadas de uma área de preservação ambiental, no Jardim Alto Paraíso, em Aparecida de Goiânia. Elas alegam que ganharam o terreno para morar, há mais de 20 anos. Agora precisam sair, pois, no local, será construído um parque linear, com equipamentos de lazer e espelho d’água, além da recomposição da mata ciliar que foi afetada por hortas irregulares. 

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Segundo uma moradora, que preferiu não ter o nome divulgado, eles foram notificados sobre a desapropriação e falaram que iam mandar olhar o tamanho da casa para indenizar as famílias que precisam.

“Pediram para gente relatar em uma carta o que temos, quanto tempo moramos no local e o tamanho, assim a gente fez, mas quando meu esposo foi entregar, disseram que não iam receber porque já tinha passado o prazo de entrega. A resposta que tivemos foi de que os papéis foram enviados para justiça e que vão estudar uma maneira de indenizar”, relata.

Porém, na sexta-feira, 25, a área começou a ser desocupada. Demoliram as construções. Derrubaram os muros e deram um prazo para derrubar as casas. 

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“Uma vizinha foi conversar com eles e disseram que derrubaram os muros para fazer medição. Sobre a indenização, ninguém falou mais nada. Muitos ficaram com medo e estão desocupando as casas, mas eu não tenho para onde ir, estou na minha casa, aguardando. Tem uma idosa que mora em uma das chácaras com as filhas. Ela tem Alzheimer, o marido já faleceu e estão desocupando para ela não ficar fugindo, porque eles desmancharam os muros”, afirma a moradora.

Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, todas as famílias foram previamente notificadas para desocupar a área e que alguns, inclusive, já estão se mobilizando para retirarem seus pertences. A ação ocorreu de forma pacífica e nesse primeiro momento nenhum imóvel da área pública invadida será demolido.

O DM entrou em contato com a Prefeitura de Aparecida, para pedir um posicionamento sobre o caso, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.