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Em Itaboraí, uma praça com muita história para contar

RIO - Na novela “Babilônia”, da Rede Globo, a cidade fictícia de Jatobá, governada pelo prefeito Aderbal Pimenta, personagem interpretado pelo ator Marcos Palmeira, é caracterizada por um ambiente bucólico e tipicamente interiorano. O cenário fica, na verdade, a 52 quilômetros do Centro do Rio, na Praça Marechal Floriano Peixoto, em Itaboraí, na Região Metropolitana. Cercado por quatro prédios do século XIX, além da Igreja Matriz de São João Batista, construída em 1710, o lugar já foi palco de dez produções audiovisuais — entre novelas, séries, filmes e comerciais.

— A cidade precisa valorizar esse tipo de atividade. Não temos eventos importantes que movimentem a região — avalia Magda Sader, que há 15 anos mora e trabalha em frente à praça.

Em 1962, as ruas e prédios da região entraram em cena pela primeira vez com o filme “Porto das Caixas”, do diretor Paulo César Saraceni. A obra conta a história de uma mulher pobre, moradora de Itaboraí, que, maltratada pelo marido, resolve matá-lo. Para encontrar alguém disposto a cometer o crime, ela utiliza os seus encantos.

Já na década de 70, a novela “Estúpido cupido”, também da Rede Globo, foi totalmente filmada no município. Sob a direção de Régis Cardoso, a obra encerrou a era do preto e branco das telenovelas brasileiras, com histórias de romance e humor pelas ruas de Itaboraí. Além da praça, outras regiões da cidade, como as ruínas do Convento São Boaventura e o Largo São Sebastião, foram cenários para cenas das minisséries “A casa das sete mulheres” e “Carga pesada”.

— As produções realizadas na cidade nunca geraram resultados concretos em nossa economia. Mas, agora, queremos fomentar a consolidação de um polo audiovisual. Temos um patrimônio cultural muito rico e pouco conhecido — diz Cláudio Rogério Dutra, presidente da Fundação de Cultura de Itaboraí.

As construções do Centro Histórico, que chamam a atenção pelos contornos neoclássicos, são tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os prédios abrigam instituições municipais, como a sede da prefeitura, que funciona na antiga residência do Visconde de Itaborahy.

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