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Deputado reflui de projeto polêmico

O deputado federal Daniel Vilela (PMDB-GO) desistiu de apresentar projeto de lei que previa proibição para que policiais portassem armas de fogo em bares, restaurantes e boates após repercussão negativa da proposta. Ele se reuniu com o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar, tenente-coronel Ubiratan Reges de Jesus Júnior, e os dois foram juntos até o comandante-geral da PM, coronel Sílvio Benedito Alves, desfazer o mal entendido criado com a proposta do parlamentar.

“Mostramos ao deputado a absoluta impropriedade de uma medida como essa diante do compromisso que policiais assumem quando ingressam no serviço de segurança pública de estarem sempre à disposição de proteger os cidadãos e da necessidade de armamento para isto”, explicou Ubiratan.

Após a notícia de que o deputado pretendia colocar em apreciação no Congresso Nacional uma medida de tamanha envergadura os órgãos de representação de praças e oficiais se mobilizaram para impedir que o assunto prosseguisse sem um devido esclarecimento. “Um policial é agente de segurança 24 horas por dia e em todos os lugares e para que possa garantir a integridade de seus familiares e de quem o cerca se faz necessária a retaguarda consistente no armamento que ele é devidamente treinado para esse fim”, frisou o oficial.

Para Daniel Vilela a intenção era de regulamentar o uso de armas em lugares de consumo de bebidas alcoólicas e não de desarmar policiais. Mas, diante do quadro de polêmica a iniciativa do parlamentar foi de retirar a proposta de discussão no Congresso e que sempre que um assunto relativo à área de segurança pública for colocado em debate que seja feito em consonância com setores que conhecem o tema e que praticam as minúcias relativas a isto todos os dias.

“Em momento nenhum o projeto fala em proibir o porte de arma nas horas de folga. Sabemos o quanto é importante para o policial estar armado. O que queremos é discutir o porte de arma de fogo enquanto o cidadão – qualquer cidadão que tenha porte de arma, policial ou não – estiver sob o efeito do álcool. Segue a mesma premissa que proíbe dirigir depois de beber”. Daniel frisou que a conversa com os policiais serviu para sanar mal entendidos.

O parlamentar admite falhas de redação no projeto. “A proposta tem alguns problemas de texto, como citar a proibição do porte em locais como igrejas e escolas. Vamos retirar o projeto e isso será corrigido, mas consideramos importante discutir a relação porte de arma de fogo e ingestão de bebidas alcoólicas”, afirma.

SAIBA MAIS

Representantes dos policiais presentes na reunião

Ten-cel Ubiratan Reges de Jesus Júnior - presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Goiás

Ten-cel Anésio Barbosa da Cruz Júnior - vice-presidente da assof

Major PM Geyson Alves Borba - diretor jurídico da Assof

Ten-cel Ricardo Mendes - assessor de comunicação da PM-GO

Subtenente PM Luis Cláudio Coelho de Jesus - presidente da Associacao dos Subtenentes e Sargentos PM e BM do Estado de Goiás

Sargento PM Gilberto Cândido de Lima - presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM e BM do Estado de Goiás

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