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TCU fiscaliza obras de saneamento básico em Goiás

 Da RedaçãoO Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou obras de saneamento básico em municípios do Estado de Goiás, decorrentes de convênios firmados entre as prefeituras e a Fundação Nacional de Saúde do Estado (Funasa). A auditoria identificou atraso

Da Redação

O Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou obras de saneamento básico em municípios do Estado de Goiás, decorrentes de convênios firmados entre as prefeituras e a Fundação Nacional de Saúde do Estado (Funasa). A auditoria identificou atraso de obras, obras paralisadas, restrição à competitividade da licitação e projeto básico deficiente.

Os municípios goianos fiscalizados foram: Buriti Alegre, Corumbaíba, Sanclerlândia, São Luís de Montes Belos e Simolândia. Ao todo, os recursos disponibilizados pela Funasa para essas obras alcançaram a ordem de R$ 28,1 milhões.

Segundo o TCU, os atrasos mais preocupantes foram identificados nos municípios de Buriti Alegre e Sanclerlândia, pois parte dos serviços dependia de desapropriação de terras. No segundo município, a equipe verificou ausência de energia elétrica nas estações elevatória e de tratamento de esgoto.

Outro problema identificado refere-se à restrição de competitividade, observada em todos os municípios auditados. Os editais continham exigências de habilitação indevidas, como apresentação simultânea de capital mínimo e de garantia, comprovação de vínculo empregatício com a licitante do profissional detentor de acervo técnico, obrigatoriedade de visita ao local das obras e exigência de índices contábeis não usualmente adotados.

Além disso, o TCU verificou uma irregularidade que coloca em risco a efetividade dos recursos desembolsados pelo governo federal: a aprovação, por parte da Funasa/GO, de projetos e planos de trabalho sem funcionalidade própria, ou seja, que dependem de outras obras para a efetiva operacionalização das benfeitorias construídas. O caso foi verificado nos municípios de Buriti Alegre e Sanclerlândia, onde a estação elevatória de esgoto e a de tratamento dos efluentes não contemplavam o recebimento de energia elétrica, aspecto que impede a entrada em funcionamento de todo o sistema.

O relator do processo, ministro Benjamin Zymler, comentou que a irregularidade acima “é grave, pois coloca em risco a efetividade dos recursos desembolsados pelo governo federal.” Diante disso, o TCU informou às prefeituras dos municípios goianos e à Funasa sobre as irregularidades apontadas.