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Abraço Negro na Alego

Assessoria

Para comemorar o Dia da Consciência Negra pais, alunos e professores e de 25 escolas municipais e estaduais de Goiânia fazeram um abraço simbólico contra o racismo e a intolerância na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. O projeto “Abraço Negro” começou há 12 anos em Goiânia e hoje está em todo o Estado de Goiás, sendo realizado em Aparecida de Goiânia, Trindade, Anápolis, Luziânia, São Miguel do Araguaia, Silvânia, Itapuranga, Uruaçu e Niquelândia, e em outras das 34 regionais do Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás).

Idealizadora do evento, a professora Iêda Leal, afirma que o Abraço Negro simboliza as atividades de combate ao racismo na educação pública. Secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e vice-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do Sintego, Iêda Leal avalia que o evento é o momento para demonstrar para a sociedade o esforço dos educadores em levar para as escolas uma educação sem racismo e sem intolerância. “O Brasil é um país plural e nós devemos respeitar toda pluralidade, e dizer que neste dia 20 de novembro que racismo é crime”, frisa.

Professora e coordenadora do programa de estudos e extensão afro-brasileiro da da Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO) e mestre em História em Ciências da Religião, Janira Sodré diz que o ato é importante para dar visibilidade ao povo negro, à consciência negra e a ideia de que todos podem construir para uma sociedade democrática e uma educação livre de racismo. Presidente da CUT-GO, Mauro Rubem adverte que o racismo é uma das formas mais violentas de exploração do trabalho humano e sua persistência ainda nos dias atuais é uma mácula que da qual tem que se livrar a sociedade brasileira.

Presidenta do Sintego, Bia de Lima ressalta que há  12 anos o sindicato vem fazendo este trabalho de abraçar espaços públicos para mostrar à sociedade que é preciso o envolvimento de todos para eliminar o racismo, o preconceito e a desigualdade. “Em pleno século XXI o que se pratica de racismo no Brasil é assustador. E por isto cabe a nós, educadores, nos engajarmos nesta causa para que possamos ter a sociedade que sonhamos, onde as pessoas sejam respeitadas,  independente da cor da pele, do sexo, da profissão ou religião”, sintetiza.

Secretaria de Igualdade Racial do Sintego e da CUT, Roseane Ramos, avalia que a atividade coroa todas as outras que tiveram início no dia 13 de maio, quando se fez o lançamento da campanha “Racismo é crime”. Ela informa que a campanha é fundamental para para implentação da lei 10.639, que consta da Lei de Diretrizes Base da Educação Nacional, que determina a inclusão no currículo escolar e no dia-a-dia da escola o debate sobre a questão racial no Brasil.

“Vivemos num país estruturalmente racista, e por isto a reeducação da população brasileira é fundamental. A Educação tem um papel direto na realização destas atividades e na construção de um país mais justo e menos desigual”, conclui.

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