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PF age contra tráfico internacional de drogas em 5 estados

BRASÍLIA - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a “Operação La Muralla” para desarticular uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas. Com o apoio das polícias Civil e Militar do Amazonas, a PF cumpre 442 mandados judiciais, sendo 127 de prisão preventiva, incluindo um vereador da cidade de Tonantins (AM) e sete advogados. Há ainda 67 mandados de busca e apreensão, 7 buscas em presídios estaduais, 68 medidas de sequestro de bens, além do bloqueio de ativos registrados em 173 CPFs/CNPJs ligados a integrantes da organização criminosa.

Por meio de cooperação internacional, pela Difusão Vermelha da Interpol, também serão efetuadas prisões no Peru, Colômbia, Venezuela e Bolívia. No Brasil, as ações ocorrem nas cidades de Manaus, Tonantins (AM), Tabatinga (AM), Crateús (CE), Caucária (CE), Fortaleza (CE), Natal (RN), Boa Vista (RR) e Rio de Janeiro.

O nome da operação - A Muralha em português - é o mesmo do quartel general do Cartel de Cali, na Colômbia, local em que as principais lideranças daquele grupo coordenavam suas ações criminosas. A operação foi batizada com esse nome espanhol em função de diversas coincidências na estrutura, objetivos e modo de operação com a facção amazonense.

TRÍPLICE FRONTEIRA NA MIRA

A investigação começou em abril de 2014 com a apreensão de R$ 200 mil, em espécie, pela Polícia Federal no Amazonas. Na ocasião, durante ação no Rio Solimões, uma lancha de propriedade do grupo foi apreendida com o dinheiro ocultado no interior de um aparelho de ar condicionado. A carga tinha como destino fornecedores de drogas que atuam na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

Durante as investigações, a PF descobriu desvendou a hierarquia de uma facção criminosa que domina o sistema prisional do Amazonas, muito semelhante a grupos que controlam os presídios no Rio e São Paulo. A organização buscava executar um verdadeiro sistema empresarial do crime, sempre com o objetivo de elevar os lucros. A estimativa é que, nos últimos anos, milhares de pessoas foram atraídas pela facção, inclusive um núcleo jurídico próprio.

Nos últimos seis meses de investigação, de acordo com a PF, foram realizadas 27 prisões em flagrante e apreensão de aproximadamente 2,2 toneladas de drogas, avaliadas em aproximadamente R$ 18 milhões. Houve também apreensão de dinheiro, veículos, embarcações e armas de fogo de grosso calibre, incluindo submetralhadoras 9mm e granadas de mão.

Os presos serão ouvidos na Superintendência da PF em Manaus e recolhidos em presídios estaduais e federais. Todos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, roubo, corrupção, homicídio, sequestro, tortura e outros crimes conexos.

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