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“Religião é para um, a pátria para todos!”

Diante dos acontecimentos em Paris, o padre Rafael Magul, da Igreja Ortodoxa de Antioquia São Nicolau esteve na redação do Diário da Manhã para comentar sobre os ataques declarados pelo Estado Islâmico. Segundo ele, o povo árabe que vive em Goiás está completamente integrado a sociedade e não estão sofrendo reflexos referente a discriminação das pessoas árabes. “Nós temos que entender que religião nunca foi elemento de separação, pelo contrário, cada religião ensina a amar e aceitar o outro”, afirma.

Para o padre Rafael, Goiás é um exemplo para o mundo de convivência, embora muitos lugares falem de comunismo, de diálogo religioso, relações interinstitucionais e como tudo que se move às questões sociais. “Aqui em Goiás não estamos vivendo isso, nossa igreja católica ortodoxa de antioquia vive em perfeito diálogo com os maronitas e drusos”, explica Magul. E completa que na igreja estão presentes católicos, maronitas, drusos e irmãos muçulmanos.

“Graças a Deus nós ajudamos uns aos outros, não só entre os árabes, mas os árabes são solitários com todas as instituições sociais que trabalham para o bem da humanidade”, ressalta.

Sobre os ataques terroristas declarados pelo Estado Islâmico, o padre Rafael Magul afirma que os responsáveis pelos ataques não tem religião no coração. “São pessoas terroristas e merecem serem tratadas como tal”, comenta. Ele apoia que as autoridades cuide da segurança e entre nos lares de todos em busca dos “culpados”.

Segundo o padre, enquanto as religiões educam para viver, os terroristas educam para matar. Do ponto de vista de Magul, se os terroristas colocassem no lugar do outro, não fariam isso. “Mas infelizmente eles não são seres humanos, no fundo”, conclui. Questionado se sua religião aceita muçulmano, o padre declara que é “claro!”. Para ele, o momento atual é de acordo com o que o Papa Francisco pronunciou “o principio de uma terceira guerra mundial”.

“Hoje nós temos fé que podemos fazer o mundo melhor. O Brasil é o exemplo para o mundo, em Goiás acolhemos refugiados com tanto carinho. Nós temos que pregar o humanismo, pessoas boas têm que sentir respeito pelo ser humano”, finaliza.

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