Home / Cotidiano

COTIDIANO

Tempero curador

Poder anti-inflamatório e antioxidante da planta Cúrcuma Longa L, mais conhecida como açafrão da terra, é tão eficiente que estudo aponta a substância como capaz de reverter danos musculares em atletas maratonistas. A constatação foi confirmada após percurso de 21 km, durante Meia Maratona que ocorreu em Goiânia, domingo (25), por pesquisadores da Universidade da Federal de Goiás (UFG). Foram investigados 40 corredores participantes na competição.

De acordo com professor responsável pela pesquisa, João Felipe Mota, coordenador do Laboratório de Investigação em Nutrição Clínica e Esportiva da UFG, os atletas receberam suplementação da substância durante 30 dias antecedentes ao dia da corrida. “Para evitar efeito placebo o produto foi administrado em cápsula escura. Sendo dividida uma parte no almoço e outra na janta, num total de 1g e meio ao dia. O remédio natural também foi usado 2h antes do evento, 24h, e 48h depois da competição”, explica Mota em entrevista ao Diário da Manhã.

Ao final da meia maratona foi coletado sangue para avaliação do metabolismo e testes físicos nos atletas. Os resultados foram positivos, diz o professor. “O objetivo foi avaliar os efeitos da suplementação de Curcuma Longa L sobre os estados oxidativo e inflamatório, bem como sobre o dano muscular de atletas após corrida de 21 km”, observou Mota. Ele ainda acrescentou que: “a conclusão mostrou que introdução de curcumina no organismo inibiu a progressão de inflamações comuns após excesso de stress da musculatura, inclusive evitando lesões na panturrilha, por exemplo”, afirma professor da UFG.

Riqueza

O pesquisador João Felipe Mota ainda esclarece que ingestão da substância não interfere no desempenho do corredor. Ele frisa que o alimento é um aliado na recuperação de atividades de alto volume. A pesquisa é inédita e sugere um “defensor” natural produzido no Brasil. O açafrão utilizado é da região de Mara Rosa, há 365 quilômetros de Goiânia, que possui o maior teor do composto curcumina no mundo.

Atleta Edson Pereira, um dos que colaborou com estudo, campeão da meia maratona na categoria de 35 a 39 anos e sexto colocado na competição, afirma ter sentindo benefícios a partir da suplementação. “Trabalho o dia todo em pé e treino pela manhã e no final da tarde. Senti grande melhora na minha recuperação muscular. Pouco tempo após a corrida já consegui treinar normalmente, o que não era possível antes de iniciar a suplementação”, garante.

De acordo com pesquisador da UFG, a tendência é levar o estudo para outras modalidades esportivas. “Estamos concluindo essa proposta satisfatoriamente, porém, em breve, queremos estudar a ação da substância em conjunto com outros desportos”, conclui.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias