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O Movimento Secundarista Goiano, que realiza protestos contra a proposta do Governo de Goiás terceirizar a educação, por meio das Organizações Sociais (OS), declara que já são 20 as escolas ocupadas pelos manifestantes.
O movimento estudantil denuncia que as OSs na Educação significam uma nova espécie de privatização: “os serviços permanecem públicos. Mas a iniciativa privada é que será remunerada”.
“Não privatiza para o cidadão. Mas para o Estado, que deixa de cumprir ele próprio sua missão”, diz José Batista Filho, um dos estudantes que participam das ocupações.
Na página oficial do movimento no Facebook, eles comemoram que em uma semana conquistaram quatro cidades do estado: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Cidade de Goiás.
Ontem, quinta-feira, artistas goianos apoiaram o movimento dos secundaristas com a realização de shows no colégio Lyceu de Goiânia, também ocupado.
Nas redes sociais, os estudantes pedem doações de material de limpeza e alimentos para que possam manter as ocupações.
PROPOSTA
A proposta do governador Marconi Perillo não é bem recebida pelos estudantes, mas quem tem defendido a mudança é a secretária Raquel Teixeira, que abraçou a causa e tem realizado encontros com professores e diretores para tentar convencê-los sobre a eficácia das OS.
Nas redes sociais, os estudantes alegam que as OS facilitam a implantação no país do caixa 2 e torna mais difícil o acesso aos dados referentes ao orçamento. "Vão fazer com a educação o que fizeram com o Centro de Convenções. Lembram? Ele era público. Hoje é privado. Já até vejo um shopping sendo construído no Lyceu de Goiânia", diz a estudante Renata Vasconcelos.
