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Coisa do demônio

W. A. S., de 43 anos, pastor de uma igreja evangélica de Goianésia, cidade há 170 km de Goiânia, foi preso ontem acusado de estuprar uma menina de 7 anos de idade por duas vezes.

De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, Poliana Bérgamo, os pais da menina, que seriam fiéis da igreja dirigida por W., teriam deixado a menina e o irmão (de 8 anos) na responsabilidade do pastor enquanto faziam uma viagem nos dias 2 e 3 de janeiro.

Quando voltaram, notaram comportamento estranho da menina, que estava triste e calada. Quando questionada, a criança contou o ocorrido em detalhes. Depois, o pastor também confessou o crime para os pais da menina, que procuraram a delegacia no dia 4 de janeiro.

O pastor teria abusado da menina por duas vezes, uma no quintal da igreja e outra na casa dele. O irmão da menina, de 8 anos, não sofreu abuso.A polícia decretou a prisão preventiva do pastor, que confessou o crime. A menina passará por acompanhamento psicológico.

Foi o demônio


Pastor alegou que cometeu o crime em um momento de fraqueza e que foi “atentado pelo demônio”, que o havia incentivado a abusar da criança de 7 anos. “Ele aproveitou-se da credibilidade depositada pelos pais na sua condição social de pastor para abusar de uma criança inocente”, afirma a delegada.

W. pediu perdão à criança e aos pais, e disse estar disposto a pagar pelos erros dele. Além disso, ele confessou ter abusado sexualmente de uma enteada há cerca de 6 anos.

De acordo com informações do site da Polícia Civil de Goianésia, dois inquéritos foram instaurados para apurar os dois ocorridos e o pastor será indiciado por estupro de vulnerável.

A investigação será concluída em dez dias e se condenado, o homem poderá pegar de 8 à 15 anos de prisão.

A delegada responsável pelo caso, Poliana Bérgamo, afirmou que a juíza que decretou a prisão do pastor  não autorizou a veiculação de imagens e do nome do acusado, mas após a conclusão do inquérito policial, será pedida a autorização para divulgação, visto que há a probabilidade de existência de outras vítimas.

Crianças são as principais vítimas de pastores estupradores


Em breve pequisa na internet, a equipe do Diário da Manhã conseguiu encontrar 12 casos de pastores que são suspeitos de cometer estupro em território nacional, somente no ano de 2015, sendo a maioria absoluta cometidos contra crianças e adolescentes. Em Goiás, dois casos foram alvo de maior destaque na mídia, sendo um em Aparecida de Goiânia e outro em Formosa.

Em dezembro de 2015, um pastor de 57 anos foi preso, acusado de estuprar sobrinha de 13 anos de idade em Aparecida e Goiânia. Na época, apesar do exame feito na garota ter confirmado o abuso, o pastor negou e afirmou não entender a denúncia.

Para glorificar


Em julho de 2015, Formosa, cidade no entorno de Brasília, foi cenário de outro caso. Um pastor foi peso acusado de estuprar duas adolescentes de 14 anos na casa delas, vezes seguidas. As garotas também sofreram abuso dentro da igreja. Os pais de uma das meninas sabiam dos estupros, mas não denunciaram o pastor porque queriam “exercitar o perdão” e porque o homem prometeu não cometer o ato novamente.

Para as garotas, entretanto, ele pedia segredo porque fazia aquilo com todas as pessoas que conhecia. O pastor, de 43 anos, aproveitava a confiança que tinha da família das vítimas para cometer os atos. Em entrevista coletiva, o delegado responsável à época, declarou que o suspeito confessou os crimes e alegou que cometeu o crime ‘pela glória de Deus’.

No Rio de Janeiro, em dezembro, um homem que se passava por pastor foi preso, suspeito de estuprar seis crianças de 3 a 10 anos. Ele morava no mesmo condomínio que as famílias, em uma região serrana e aproveitava da confiança das famílias par se aproximar das crianças, que sofriam ameaças constantes do homem.

Em Campo Grande, em novembro, um pastor de 46 anos, casado, mantinha relacionamento amoroso com uma garota de 14 anos de idade. A mãe da garota descobriu o romance após questionar o motivo pelo qual a garota estava faltando às aulas na escola. A garota contou que passava as tardes com o pastor em um motel. Apesar do consentimento dela, o relacionamento é criminoso.

No Rio Grande do Sul, também em novembro, um pastor abordou duas crianças de 4 e 9 anos na rua, as obrigou a entrar em sua camionete e as levou para uma pedreira desativada na localidade de Areial. Lá, ele se masturbou em frente às crianças, tocou as partes íntimas delas e chegou a ejacular em uma delas. Depois, ele ofereceu um real para as meninas e as abandonou no centro da cidade de Carambeí.

Em Araçatuba, interior de São Paulo, pastor e ex-ouvidor da prefeitura, de 32 anos, foi preso, acusado de estupro de vulnerável, cometido contra o filho de uma ex-companheira, de 14 anos de idade. O acusado chegou a tomar banho com a vítima e tentar penetração.

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