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Crack de São Paulo pode causar câncer e necrose

Uma pesquisa realizada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) em parceria com o Centro de Referência para Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) da Secretaria de Estado da Saúde detectou substâncias nocivas á saúde misturadas ao crack de São Paulo. 92% da droga recolhida na capital paulista sofreram adulteração. Índice mais alto que em países como os Estados Unidos (53,6%) e a Holanda (40,6%).

Além dos danos causados pela droga em si, os adulterantes podem levar ao câncer, insuficiência renal crônica, à necrose e comprometimento do sistema cardiovascular. 98 usuários da Cracolândia e região do centro de São Paulo participaram do estudo e tiveram amostras do fio de cabelo coletadas para análise.

O crack tem como principal malefício o desenvolvimento de problemas neurológico nos usuários e dificilmente a droga é vendida em sua forma pura. No estudo, o adulterante mais encontrado foi a lidocaína (92%), um anestésico que causa erupção cutânea, urticária ou reação alérgica. A fenacetina (69%), um analgésico e anti-inflamatório, e o levamisol (31%), um vermífugo utilizado no tratamento contra parasitas, também foram identificados nas amostras. Os componentes químicos utilizados na droga depende da intenção do traficante de obter maior lucro.

Outras substâncias como o anti-histamínico hidroxizina (2%), que pode causar crises compulsivas, e o anestésico benzocaína (19%), que provoca inflamações e sensibilidade à dor também foram encontradas nas amostras.

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