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Menos mosquito, mais dinheiro

A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás comunicou ontem (13)  que os municípios que conseguirem zerar os focos do Aedes aegypti até o mês de julho vão receber o dobro da verba repassada mensalmente pelo Estado para o desenvolvimento das ações básicas de saúde.  O comunicado ocorreu durante reunião realizada com prefeitos para preparação da força-tarefa de combate ao mosquito.

Para concorrer, cada município terá que se candidatar dizendo que eliminou o mosquito em seu território, ao final de cada ciclo de visitas aos domicílios, realizadas pela ação Goiás contra o Aedes, que serão em julho e em dezembro. Após, a SES realizará visitas aleatórias e se realmente não forem encontrados focos, o município será premiado com o dobro da contrapartida estadual naquele mês, no caso, julho e dezembro.

O Secretário da saúde, Leonardo Vilela, explica que a campanha vai acontecer quatro ciclos. O primeiro até 31 de janeiro, o outro até 29 de fevereiro, o próximo até 30 de abril e o ultimo até 30 de junho.

Falsa segurança

Ele afirma que a meta de zerar o número de focos do mosquito no estado é ousada, mas que isso acaba motivando os municípios, já que como o índice de dengue estava abaixo de 1% em alguns municípios, havia uma sensação de falsa segurança, o que gerava acomodação.

“Acontece quem em épocas chuvosas, índices de 0,5%, por exemplo, rapidamente podem chegar a 4% ou 10%, como alguns municípios apresentaram, o que é um grave risco para a população. É exatamente por isso que estabelecemos como meta o Zero Aedes, justamente p que as pessoas não se acomodem ou sintam uma falsa segurança”, explica o secretário.

Leonardo lembra que no ano de 2015 houveram mais de 180 mil casos notificados de dengue, o que é um nível consideravelmente alto e que acaba justificando a meta ousada. “O que nós queremos com essa medida é evitar que tenhamos uma nova epidemia de dengue esse ano ou que tenhamos epidemia de chicungunha e zika, que já estão se avizinhando do nosso Estado”.

Para o secretário, duas regiões são particularmente preocupantes: o entorno do Distrito Federal e a região metropolitana de Goiânia. Ele explica que a região metropolitana de Goiânia, sozinha, representa metade dos casos de dengue do Estado no ano de 2015 e a região do entorno de Brasília representa cerca de 25% dos casos. Essas duas regiões, juntas, representam 75% de casos de dengue do Estado.

Números

Goiás tem 3.120.000 imóveis, espalhados por em 246 municípios. Mais de dois mil agentes estarão envolvidos na força tarefa contra o mosquito, além de cerca de 2.500 bombeiros militares e das centenas voluntários. São em torno de 20 mil pessoas trabalhando.

Como funciona o Bônus

Todos os meses, conforme explica Leonardo Vilela, o Estado repassa a contrapartida no valor total de R$ 15 milhões aos municípios. Esta verba se destina especificamente às ações primárias de saúde, nas quais estão incluídas, além do combate à dengue, a realização de consultas e procedimentos básicos como vacinação, pré-natal, acompanhamento pediátrico e prevenção às doenças cardíacas, entre outros.

Leonardo Vilela informou que a contrapartida de cada município que zerar os focos do Aedes será dobrada a partir de julho, mês em que terminarão as quatro etapas da força-tarefa desencadeada no território goiano.

Tais municípios, de acordo com o secretário, serão selecionados por meio de um levantamento do índice de infestação do Aedes.  Outro levantamento será realizado em dezembro, com a atualização dos índices para efeito de inclusão  ou exclusão de municípios.

ós vamos envidar todos os esforços, estamos com as equipes motivadas, os municípios estão abraçando a causa, nós temos equipes de pessoas que voluntariamente estão nos ajudando. O engajamento da sociedade também é importante para atingirmos o sucesso”, defende o secretário.

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