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Óleo vegetal adulterado

Depois de nove meses de investigação, a Polícia Civil de Rio Verde, através do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (GEPATRI), numa operação comandada pelos delegados Mateus Gomes e Wellington Ferreira Lemos prenderam na manhã de segunda-feira (18), quatro pessoas envolvidas numa mega operação que fraudava óleo vegetal.

Segundo informações do Delegado Wellington, a empresa de transportes e lubrificantes de Rio Verde, denominada Lutran, há mais de dois anos atuando no município, transportava óleo de soja degomado da COMIGO (Cooperativa Agroindustrial do Sudoeste Goiano) para vários municípios do Estado e até de outras regiões do país, em caminhões adaptados com um compartimento secreto, dotado de alta tecnologia, inclusive com controle remoto, onde eram colocadas água e vaselina. Quando chegava ao destino a carga era conferida e passada pelo controle de qualidade, porém antes de descarregar a mercadoria, o óleo era misturado à água e à vaselina, sem que o destinatário da carga percebesse a fraude.

Essa operação, segundo a Polícia Civil, resultou na prisão de quatro pessoas, Kênio Antunes e Ronivaldo Cabral, motoristas da empresa e Paulo Camita e Lázaro Gomes, gerentes administrativos. O coordenador do esquema e responsável pela montagem da empresa em Rio Verde, Celson Araudi está foragido. Segundo investigações este empresário possui uma empresa com cerca de vinte caminhões, denominada FERCAMP, em Campo Grande - MS, responsável por transporte de óleo vegetal e outra empresa em Assis-SP, a CERAUT que também atua no ramo de transporte do mesmo produto.

Só em Rio Verde a Polícia acredita que o prejuízo alcançou o valor de R$ 1,5 milhão, numa operação que movimentou mais de R$ 15 milhões e que fraudava 1/3 de cada carga transportada. Os fraudadores começaram a serem investigados pela polícia a partir da pesagem dos caminhões no pátio da indústria fornecedora, quando passavam sem a devida conferência no peso, isso com a conivência de responsáveis pela balança. Ao verificar os caminhões, a polícia percebeu durante a perícia, que havia fiações e mangueiras incomuns para os veículos, a partir daí descobriram o compartimento secreto, muito bem adaptado em cada um dos caminhões.

Na operação foram apreendidos computadores e celulares dos envolvidos e a polícia acredita que a quadrilha agia em outros estados da federação e continua investigando o caso.

Celson Araudi, suspeito de liderar a quadrilha continua foragido

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