Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Devoção ao santo protetor da agropecuária, é testemunhada há mais de cem anos
Um dos feriados que faz a cidade de Rio Verde parar de verdade é o do seu padroeiro São Sebastião. No dia 20 de janeiro, as ruas ficam totalmente paradas, sem nenhum trânsito e o comércio para. As famílias se preparam para celebrar São Sebastião da forma mais tradicional no município, participando fervorosamente da procissão que sai da matriz Nossa Senhora das Dores em direção à Igreja São Sebastião, a mais antiga igreja do município e um cartão postal da cidade.
A devoção ao santo protetor da agropecuária, protetor contra pestes nos animais e doenças nas lavouras, é, há mais de cem anos testemunhada no município. Pessoas humildes, a maioria vinda da zona rural, têm no santo um forte aliado junto a Deus para proteger suas propriedades rurais. Famílias inteiras acompanham fervorosamente a tradicional novena dedica ao santo, um soldado romano que foi martirizado por defender a fé cristã.
Durante a festa, além da devoção religiosa, famílias tradicionais da cidade aproveitam para doar seu tempo e ajuda financeira à paróquia Nossa Senhora das Dores, através dos leilões que acontecem no salão social da mesma, quando são leiloadas prendas de pratos preparados especialmente para a festa, carne assada, doces, entre outros brindes e objetos, sem falar no tradicional leilão de gado que acontece em um dia especial, neste os agropecuaristas do município fazem sua doação em gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas em suas propriedades rurais durante o ano.
Nas noites da festa de São Sebastião, além de participarem da novena, do terço e da missa, as famílias colaboram também com as pastorais, visitando as barracas de comidas típicas, montadas em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores. Com o resultado das vendas, as pastorais dão continuidade ao seu trabalho no decorrer do ano, um exemplo é a Pastoral Familiar, que mantém um projeto muito importante em Rio Verde, denominado “Fraldas Solidárias”, a partir desse trabalho pastoral, os casais confeccionam, em fábrica própria, e doam fraldas geriátricas a centenas de pessoas necessitadas.
A procissão de encerramento da festa é um verdadeiro espetáculo de fé e devoção popular, quando as principais ruas do centro histórico da cidade são tomadas pelos fiéis que seguem descalços, vestidos de branco ou com crianças no colo, vestidas de anjo; tudo isso em cumprimento a promessas feitas ao admirável santo, cuja história de fé e devoção é reconhecida e respeitada pelos rio-verdenses, até mesmo por muitos que professam outras crenças religiosas.
