Gabriel Matheus de Andrade Pereira de 19 anos foi preso nesta quarta-feira em Anápolis, 55 km de Goiânia, suspeito de traficar uma droga sintética conhecida como DOC. De acordo com a Polícia Civil, até então não havia ocorrências de apreensão da substância na cidade.
Ainda de acordo com a polícia, o jovem relatou que havia comprado a droga na internet e que a vendia em festas de Anápolis.
Foram apreendidos 160 papelotes da substância com o rapaz, que estava sendo investigado desde o final do ano passado. Carla de Bem Monteiro, delegada responsável pelo caso, divulgou que o DOC tem um efeito 30 vezes mais forte do que o LSD no organismo, com informações da Polícia Federal (PF)
A delegada ainda acrescentou que o DOC nos Estados Unidos tem causado um grande problema de saúde pública e que a substância imita drogas já existentes, porém são fabricadas em laboratórios caseiros, podendo levar o usuário a morte.
Segundo divulgado pelos investigadores, o suspeito negociava com o vendedor do entorpecente diretamente pelo perfil pessoal no Facebook. O rapaz recebeu a droga por duas vezes em envelopes enviados pelos Correios.
Os Correios divulgaram que sempre fazem ações de prevenção de ocorrências relacionadas a drogas, realizando por meio de aparelhos de Raio-X e Espectrômetro de Massa fiscalização de todas as correspondências que chegam à empresa.
A partir do caso, os Correios alegaram que o DOC é uma novidade para o órgão e diante disso, irão incluir a o intorpecente na relação de itens que poderão ser identificados pelos equipamentos de fiscalização.
O rapaz foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e está detido no presídio de Anápolis. De acordo com Carla, o caso será encaminhado para a Polícia Federal com o objetivo de identificar quem é o vendedor da substância, além de identificar outros compradores.
PRIMEIRO CASO
A primeira ocorrência com a substância no Brasil, ocorreu no ano de 2014 em uma operação da PF, em São Paulo, quando mais de 28 mil unidades da droga foram localizados em uma mala de uma jovem que veio de Bruxelas, na Bélgica, União Europeia.
DOC
A DOC, derivada da anfetamina, é proscrita no Brasil e pode ser capaz de causar dependência química e psíquica no usuário, além de em alguns casos levar a morte.
De acordo com dados divulgados pela (PF), o composto é uma mistura de anfetamina e cloro, tornando-se 30 vezes mais forte que o LSD, composto de dietilamida do ácido lisérgico, que até então era conhecida como um dos alucinógenos mais fortes da cadeia.