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Dono de clínica é preso suspeito de matar interno em Caldas Novas

Francisco Sabino de 27 anos, administrador de empresas e dono de uma clínica de reabilitação particular para dependentes químicos, em Caldas Novas, região sul de Goiás, foi preso suspeito de matar o interno Juliano Gonçalves Barreto de 26 anos dentro do estabelecimento, através da aplicação de injeções com coquetéis antidepressivos na vítima.

De acordo com a Polícia Civil o homem, que não tem formação na área da saúde, ministrou quatro injeções compostas por antidepressivos em Juliano no último domingo de carnaval.

Ainda de acordo com a polícia, as buscas seguem a procura de um funcionário da clínica que teria enforcado a vítima com objetivo de contê-la para aplicação dos medicamentos. Ele segue foragido desde o dia do crime.

O dono da clínica foi preso em casa na quinta-feira, 28 e a polícia informou que em depoimento, o suspeito alegou que Juliano foi autorizado a passar um tempo fora da reabilitação e quando retornou ao local estava embriagado e fora de controle. Assim, após uma discussão, ele acionou um dos funcionários para que o ajudasse a imobilizar a vítima para que fossem aplicados os medicamentos “tranquilizantes”.

A polícia ainda divulgou que com a morte do paciente, o dono do estabelecimento e o funcionário levaram a vítima a um hospital alegando que ele havia sofrido uma parada cardiorrespiratória.

Um dia após a morte de Juliano, o dono da clínica dispensou todos os funcionários e 40 pacientes que estavam internados no local. Em seguida, fechou o estabelecimento. A corporação ainda informou que a clínica de reabilitação tinha todos os documentos legais para funcionamento.

Além de aplicar injeções “calmantes”, de acordo com testemunhas, Francisco também foi acusado por prescrever receitas médicas sem ter formação na área da saúde.

A polícia aguarda o laudo da perícia para apurar se a vítima morreu pelo enforcamento ou pela superdosagem de remédios e informou que independente de qual seja o resultado, tanto Francisco como o funcionário foragido deverão responder por homicídio qualificado, uma vez que não houve possibilidade de defesa da vítima. Se condenados, eles poderão pegar até 30 anos de prisão.

O dono do estabelecimento ainda será indiciado por exercício ilegal da medicina e a pena pode ter acréscimo de dois anos.

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