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Morre juíza Maria Aparecida Garcia, mãe do prefeito de Goiânia

A magistratura goiana está triste com  a morte da juíza Maria Aparecida Siqueira Garcia, considerada uma profissional ética, ponderada, atuante e garantista dos direitos sociais e individuais.

Ela morreu aos 78 anos na noite de sexta-feira, de ataque cardíaco. O velório será realizado no Cemitério Jardim das Palmeiras, no Setor Fama.

A juíza exerceu a magistratura por 35 anos tendo se notabilizado pelo caráter pedagógico e sensível de suas sentenças.

Maria Aparecida Siqueira Garcia, que é mãe do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia,  cursou Pedagogia, foi professora do ensino fundamental e estudou posteriormente Ciências Jurídicas.

O trabalho como autoridade judicial ocorreu nas comarcas de Goianira, Palmeiras de Goiás, Bela Vista, Trindade, Araçu, Pontalina, Goiânia e Piranhas.

Maria atuou ainda na Auditora Militar e diretoria da Associação dos Magistrados de Goiás.

Casada com  Altamiro Garcia, ela teve quatro filhos (um deles adotado).

O médico neurocirurgião e prefeito Paulo Garcia é o filho mais velho de Maria.

CARREIRA

Maria Aparecida Siqueira Garcia iniciou carreira jurídica na magistratura em 1976.

Em uma época de raras magistradas, devido ao machismo ideológico característico da sociedade, a juíza se notabilizou como civilista, desenvolvendo pesquisa e decisões voltadas aos ramos da família, obrigações e direitos reais.

Em entrevista ao DM, para o jornalista Welliton Carlos, em ocasião de cerimônia na Câmara Municipal de Goiânia, disse que em sua época era preciso "firmar a voz" e ser determinada para dar a  sentença, mas jamais "sem perder a ternura". Era uma pedagoga da justiça, com um viés menos formalista e mais humano, citando muitas vezes a Lei de Introdução ao  Direito Brasileiro (LIDB) para reafirmar  os interesses sociais das decisões.

Atuou nos anos 1990 como titular da vara cível na Capital, onde atuou ainda com o antigo Código Civil, elaborado pelo jurista Clóvis Beviláqua, mas já era uma entusiasmada com o novo código que nascia nos debates jurídicos do Congresso Nacional.

Foto: divulgação/Asmego

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