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Planilha mostra propina em obra do Aeroporto Santa Genoveva

A Polícia Federal (PF) apreendeu na segunda-feira, 26, durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, documentos que estavam na casa do ex-diretor superintendente da Supervias, Carlos José Cunha, que apontam pagamentos de propina na construção do novo Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. A Supervias faz parte da Odebrecht Transport, que é um consórcio formado com a empreiteira candanga Via Engenharia, que foram responsáveis pela obra na capital.

Na peça há o registro de três repasses ilegais de recursos referentes ao aeroporto goiano, que foram pagos pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrect, uma divisão criada especialmente para pagamentos ilegais.

Segundo a PF a propina seria de pouco mais de R$ 214 mil e foi repassada a uma pessoa identificada como “Americano”. Para os investigadores, essa pessoa seria o então presidente da Infraero entre 2003 e 2006, o ex-deputado petista Carlos Wilson Rocha de Queiroz Campos, morto em 2009.

A corporação informou que as obras do aeroporto foram acertadas em 2002 entre o Governo de Goiás, a Infraero e a União. Em 2004, a obra foi orçada em R$ 258 milhões. No ano seguinte, a Odebrecht e a Via Engenharia assumiram os trabalhos. De acordo com o documento, os pagamentos ilegais foram realizados entre 31 de agosto e 14 de setembro de 2006.

Ao longo das obras alguns problemas foram relatados como demonstra o documento da Lava Jato divulgado pela corporação. "Em 2006, a dotação orçamentária era de cerca de R$ 64 milhões, com execução de 17% até então. Já em 2007, o relatório da fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) terminada em 6/6/2007 registrou 26% da obra concluída e R$ 88 milhões desembolsados. Com a assinatura de um aditivo - e dois em andamento -, o valor atualizado do contrato subiu para cerca de R$ 287 milhões, podendo chegar a R$ 321,9 milhões".

A assessoria de imprensa da Via Engenharia, empresa responsável pelas obras do aeroporto de Goiânia, negou as irregularidades e afirmou que “desconhece as circunstâncias das negociações que envolvem diretamente o parceiro-líder do consórcio para a execução das obras do Aeroporto Santa Genoveva”. Já a Odebrecht ainda não se pronunciou sobre o caso.

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